Preços do petróleo sobem novamente em meio a guerra 

 

Os preços do petróleo subiram ainda mais na segunda-feira após as negociações entre Rússia e Ucrânia não produzirem nenhum sinal de progresso. Sendo assim, os mercados continuaram preocupados com a oferta apertada, levando a Agência Internacional de Energia a pedir  “medidas de emergência” para reduzir o consumo e consequentemente a demanda de petróleo. 

Os futuros do petróleo subiram mais de 3% nas negociações da Ásia na manhã de segunda-feira, com o petróleo Brent de referência internacional em US$ 111,46 e os futuros dos EUA em US$ 108,25.

O Mizuho Bank informou na segunda-feira que dois fatores estão elevando os preços do petróleo: a incerteza persistente entre a Rússia e a Ucrânia, e o reflexo do Covid na China. No entanto, espera-se que essa nova onda de covid seja menos severa do que o esperado, pois já existe flexibilidade nas restrições. O principal centro de Shenzhen reabriu parcialmente na sexta-feira, com cinco distritos autorizados a retomar o trabalho e o transporte público.

Autoridades ucranianas e russas se reuniram para negociações de paz, entretanto não renderam concessões importantes. Dessa forma, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenksyy, solicitou uma nova rodada de negociações com Moscou.

O conflito Rússia-Ucrânia ainda levantou preocupações sobre interrupções no fornecimento devido às sanções dos EUA ao petróleo e gás russos. Vale ressaltar que a Rússia forneceu 11% do consumo global de petróleo e 17% do consumo global de gás em 2021, bem como até 40% do consumo de gás da Europa Ocidental durante o mesmo período. Contudo, o Reino Unido e a União Europeia declararam que eliminarão gradualmente os combustíveis fósseis russos.

O último relatório da OPEP + mostra que alguns produtores ainda estão aquém de suas cotas de fornecimento, com a aliança perdendo suas metas em mais de 1 milhão de barris por dia.

Sendo assim, devido ao cenário atual, as sugestões da Agência Internacional de Energia para reduzir a demanda de petróleo em um plano de 10 pontos incluíam diminuir os limites de velocidade dos veículos, trabalhar em casa até três dias por semana e evitar viagens aéreas de negócios.