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Como a guerra Rússia-Ucrânia afeta o comércio da China

 

O superávit comercial da China aumentou para uma alta histórica durante a pandemia devido ao aumento do consumo de bens. No entanto, analistas dizem que a guerra Rússia-Ucrânia mudará essa realidade. O superávit comercial da gigante manufatureira asiática pode ser reduzido para US$ 238 bilhões este ano, cerca de 35% do total, de um recorde de US$ 676 bilhões no ano passado. Já economistas estimam que a guerra na Ucrânia em breve agravará o comércio líquido devido à demanda externa mais fraca e impostos de importação mais altos. A guerra pode levar a uma desaceleração mais ampla da economia global, especialmente na Europa.

A UE é o segundo maior parceiro comercial da China, representando cerca de 15% do total das exportações do país asiático. De acordo com a ANZ Research, as exportações para a UE aumentaram ainda mais no ano passado. Isso representa 16% do crescimento de 30% das exportações da China.

A ascensão econômica da UE é altamente reforçada com o aumento total das exportações da China. Assim, o crescimento real das exportações chimesas diminuirá 0,3 pontos percentuais para cada ponto percentual do crescimento do PIB da UE.

Cadeia de suprimento

A escassez de semicondutores já era grave. No entanto, a guerra russa na Ucrânia vai interromper ainda mais a cadeia de suprimentos. Por exemplo, o conflito já exacerbou a escassez global de chips, dos quais a China depende fortemente. As exportações de eletrônicos contribuíram com 17,1 pontos percentuais para um aumento de 30% nas exportações chinesas em 2021. No entanto, analistas ressaltam que a Ucrânia e a Rússia desempenham um papel essencial na cadeia global de fornecimento de semicondutores.

A Ucrânia fornece gases raros refinados, como néon e criptônio, essenciais para a produção de semicondutores. Além disso, produz metais preciosos para fabricar chips, smartphones e carros elétricos. De acordo com um relatório da TS Lombard, a China é vulnerável à escassez de mercadorias, que foram induzidas pela guerra entre os mercados emergentes. Em particular, a China é sensível a atrasos no fornecimento de níquel.

Na semana passada, a London Metal Exchange interrompeu o comércio de níquel, após os preços dobrarem devido a temores de interrupções no fornecimento devido à guerra. Vale ressaltar que a Rússia é o terceiro maior fabricante de níquel do mundo.

A China está sendo afetada, pois é a maior produtora de carros elétricos do mundo, onde o níquel é a principal matéria-prima das baterias. Veja que na semana passada, o número de seus veículos elétricos de exportação aumentou 2,6 vezes, além de chegar a quase 500.000 no ano passado. Vale ressaltar que os veículos elétricos produzidos na China representaram cerca de 44% dos carros elétricos construídos entre 2010 e 2020.

Os preços da energia aumentam

A crise na Ucrânia também levou o petróleo a preços voláteis, os quais atingiram um recorde na semana passada antes de cair mais de 20%. Isso também prejudicará a China, o maior importador de petróleo do mundo. Ano passado a China importou US$ 423 bilhões em bens de energia. Destes, US$ 253 bilhões eram petróleo bruto.

Economistas prevêem que o PIB nominal da China encolheria 0,8% se o preço médio do petróleo saltasse de US$ 71 por barril para US$ 110 por ano. Os preços do petróleo eram voláteis. Consequentemente, eles caíram abaixo de US$ 100 o barril no início desta semana, depois de atingir mais de US$ 130 na semana passada. Na quinta-feira, os custos novamente ultrapassaram US$ 100, o que ultrapassou o nível de negociação de US$ 70 a US$ 80 no início do ano. No entanto, a China poderia encontrar algum alívio se confiasse na Rússia.

Segundo especialistas, dada a neutralidade das sanções contra a Rússia, a China pode compensar parcialmente os altos preços da energia com importações baratas da Rússia.

 

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