Perda da economia dos EUA durante a guerra na Ucrânia

A economia dos EUA encolheu nos primeiros três meses do ano devido a interrupções no comércio resultantes da guerra na Ucrânia. Logo, dados do Departamento de Comércio mostraram que o PIB caiu 1,4% no ano. No entanto, esperava-se um crescimento lento, embora esse número seja pior do que o previsto.

Vale ressaltar que esta é a primeira queda desde a recessão induzida pelo coronavírus de 2020. Logo, analistas informaram que o aumento das importações devido à queda nas exportações jogou a economia para um lugar pior do que estava.

Segundo os economistas, a economia não está entrando em recessão. Embora a inflação tenha atingido seu pico em quatro décadas, as famílias ainda não restringiram suas compras. Os gastos do consumidor, o motor da economia dos EUA, permaneceram saudáveis. Assim como, cresceu a uma taxa anual de 2,7% no trimestre desde o final do ano passado.

No entanto, as empresas enfrentaram novos atrasos nas entregas nos primeiros três meses deste ano e isso torna os números comerciais mais imprevisíveis do que o normal. Dessa forma, esta semana foi informado que o déficit comercial dos EUA em commodities atingiu um recorde no mês passado. Além disso, podemos notar que os casos de coronavírus causaram interrupções na China e a guerra na Ucrânia mudou significativamente as indústrias, incluindo agricultura e petróleo.

Entretanto, analistas disseram que o aumento inesperadamente significativo das importações, que contradiz os produtos norte-americanos nos cálculos do PIB, provavelmente foi causado pela aceleração das compras por parte das empresas. Enquanto isso, as exportações caíram, em parte devido à baixa demanda no exterior. Para mais, a queda nos gastos do governo também teve impacto no crescimento.

Economia dos EUA e Risco de Recessão

A essa altura, a recuperação da pandemia havia sido mais rápida do que o esperado, o que foi apoiado pelos gastos públicos, incluindo cheques de assistência pandêmica para famílias. Em 2021, a economia dos EUA cresceu 6,9% nos últimos três meses. Contudo, analistas disseram que não seria possível evitar uma recessão apesar da contração. No entanto, eles alertaram que o aumento dos preços significa que as famílias não conseguirão acompanhar os gastos no ritmo atual.

Assim, os consumidores têm mantido taxas de gastos favoráveis, reduzindo suas taxas de poupança. Contudo, se a inflação continuar a diminuir o poder de compra, os consumidores podem eventualmente decidir reduzir seus gastos. No entanto, o Federal Reserve dos EUA (Fed) começou a aumentar as taxas de juros para conter a inflação e isso também traz riscos econômicos, já que tais medidas geralmente são voltadas para a atividade lenta.

Já o Wells Fargo, banco americano, acredita que tem 30% de chance de acontecer uma recessão em 2023. Embora a economia dos EUA não pareça estar à beira de outra desaceleração, a probabilidade de uma recessão no próximo ano não é insignificante.

Conclusão

Os dias de alta associada à reabertura da economia podem estar no passado. No entanto, números recentes sugerem que o crescimento substancial da economia dos EUA continua forte, pelo menos por enquanto. 

Até o final de 2021, as empresas estavam com pressa para coletar suprimentos e evitar interrupções na cadeia de suprimentos. Logo, as companhias queriam garantir que não houvesse prateleiras vazias durante a temporada de festas. Contudo, o resultado foi que eles não precisaram fazer tantos estoques no início deste ano.

O aumento no déficit comercial dos Estados Unidos também caiu 3,2% em relação ao crescimento do PIB. Já as exportações caíram drasticamente e as importações aumentaram. Enquanto isso, os Estados Unidos continuam a criar empregos e os gastos de negócios e de consumidores ainda são fortes. 

Por fim, há muitos riscos como a guerra na Ucrânia, pressões inflacionárias, novas variantes do Covid e paralisação na China. No entanto, a solução para essa estimativa inicial do PIB é que os desafios prejudicaram mais no exterior do que nos EUA.