Economia alemã cresce apesar da guerra e COVID19
A crise na Ucrânia e a pandemia criaram condições econômicas desafiadoras para o mundo todo. Entretanto, de acordo com dados divulgados na quarta-feira, a economia alemã expandiu no primeiro trimestre.
Segundo o Escritório Federal de Estatísticas, a maior economia da Europa cresceu 0,2% em relação ao trimestre anterior e 3,8% em relação ao ano anterior, sendo que houve um ajuste para os impactos de preço e calendário.
Vale notar que conforme pesquisa, o crescimento seria de 0,2% e 3,7%, respectivamente. Isso após cair 0,3% no final de 2021, quando a Alemanha evitou uma recessão, caracterizada por dois trimestres consecutivos de declínio econômico.
Como a Alemanha pulou a recessão?
Apesar das severas condições econômicas globais, a economia alemã começou 2022 com um crescimento modesto, informou Georg Thiel, presidente da Agência de Estatística.
Entretanto, os gastos do consumidor e do governo permaneceram praticamente inalterados em relação ao trimestre anterior. Já as exportações caíram no início do ano, porém, os investimentos ajudaram na recuperação da economia.
Apesar dos aumentos de preços, os investimentos em construção aumentaram 4,6% no terceiro trimestre, impulsionados pelo clima agradável. Enquanto isso, os investimentos em máquinas e equipamentos aumentaram 2,5%.
Assim, em sua estimativa de primavera, o governo alemão previu 2,2% do crescimento econômico total em 2022. Vale ressaltar que o ministro do país, Robert Habeck, informou que a previsão de crescimento mais baixo não leva em conta um embargo ou bloqueio de petróleo russo.
Os dados do PIB do primeiro trimestre da zona do euro, dos quais a Alemanha é a maior de 19 economias, serão divulgados na sexta-feira. Logo, de acordo com o analista do Commerzbank, Joerg Kraemer, empresas e consumidores estão inquietos. Caso o fornecimento de gás russo seja cortado, a crise de energia certamente resultaria em uma recessão significativa, sendo que atualmente os riscos econômicos são substanciais”.
