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Dólar americano se recupera após perdas 

 

 O dólar dos EUA se recuperou após sua sequência de perdas de dois dias na quarta-feira. Visto que os rendimentos do Tesouro interromperam os declínios recentes e tiraram a vantagem da moeda comum e do dólar neozelandês. Este último havia disparado mais cedo graças a uma mensagem agressiva do Banco Central. 

Vale notar que o Banco de Reserva da Nova Zelândia (RBNZ, sigla em inglês) tornou-se o último Banco Central a aumentar as taxas de juros em meio ponto. Assim, os analistas esperavam esse movimento e também forneceram orientação hawkish sobre o caminho da política do banco. 

Logo, a posição do banco ajudou o dólar kiwi a subir até 0,8% em um ponto, para uma alta de três semanas em US$ 0,6514. No entanto, à medida que o dólar ganhou força, ele refez esses ganhos e, às 10:30 GMT, trocou de mãos em US$ 0,6458.

Além disso, Colin Asher, economista sênior da Mizuho em Londres, observou que o movimento do RBNZ mostra claramente que os Bancos Centrais não estão dispostos a desacelerar. Isso é um indício de que o aperto nas políticas permanecerá agressivo no curto prazo, entretanto, as condições são bastante apertadas em muitas economias do G10. Asher ainda acrescentou que os sinais de desaceleração econômica dos EUA ficaram evidentes recentemente nos dados de confiança, habitação e negócios divulgados na terça-feira, pois eles podem forçar os mercados a reduzir os aumentos das taxas e as expectativas de inflação.

Enquanto isso, os rendimentos do Tesouro dos EUA de 10 anos caíram cerca de 40 pontos-base desde que atingiram altas de 3 anos e meio no início de maio. Entretanto, os rendimentos de 10 e 2 anos permaneceram estáveis ​​no dia. Já o dólar caiu cerca de 3% depois de disparar para máximas de duas décadas no início deste mês. Apesar disso, saltou 0,6% em relação às mínimas de um mês atingidas na terça-feira.

Como os altos e baixos dos títulos do Tesouro influenciam o dólar no curto prazo 

De acordo com Asher, há uma chance razoável de que as taxas dos EUA tenham atingido o pico e o dólar também. Entretanto, o economista não acredita que vai cair drasticamente a partir daqui. Ainda assim, o preço de uma política mais rígida se deve a uma pausa. 

Contudo, vale notar que no início desta semana, o dólar também sofreu com o comentário da chefe do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, que sinalizou o fim das taxas de juros negativas nos próximos meses. Logo, as declarações de Lagarde implicaram em um aumento de pelo menos 50 pontos base na taxa de depósito, alimentando especulações de aumentos maiores neste verão.

Enquanto isso, o euro havia subido inicialmente para US$ 1,0748 em um mês na terça-feira, mas caiu 0,7%, para US$ 1,0662 na quarta-feira. O membro do conselho do BCE, Fabio Panetta, alertou para uma birra de normalização causada por levar as taxas de juros para configurações neutras, tirando um pouco de força da moeda comum.

Além disso, o chefe do Banco Central holandês, Klaas Knot, afirmou que o BCE pode não discutir a redução de seu balanço patrimonial em 2022, pois se concentra nos aumentos das taxas. De acordo com uma nova pesquisa da Hargreaves Lansdown, a confiança dos investidores europeus caiu 25% em maio, perdendo muito mais do que a queda de 18% na América do Norte.

O euro também caiu 0,35% em relação ao franco suíço, que se fortaleceu nos últimos dias. Logo, as autoridades do Banco Central observaram que não hesitariam em apertar a política se a inflação permanecesse acima das metas, impulsionando a moeda.

No final do dia, os investidores também podem obter algumas pistas sobre o ritmo de aperto pelo Federal Reserve (Fed), pois estão esperando a ata da última reunião de política emergir. Já o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, alertou na terça-feira que os aumentos precipitados das taxas podem criar um deslocamento econômico significativo e instou seus colegas a procederem com cuidado.

Como estão as moedas emergentes? 

As moedas dos mercados emergentes subiram na quarta-feira. Assim, o rublo russo ampliou os ganhos para uma alta de quatro anos em relação ao dólar. Por outro lado, a lira turca despencou novamente antes de uma decisão sobre a taxa de juros no final desta semana.

Vale ressaltar que o rublo russo saltou mais de 56 em relação ao dólar, atingindo um nível não visto desde 2018. Além disso, atualmente, as empresas com foco na exportação estão vendendo moeda estrangeira para pagar impostos, enquanto os comerciantes ignoram o vencimento de uma licença importante de pagamento de dívidas. Ambas as ações estão ajudando o rublo.

Enquanto isso, as moedas na Europa central permaneceram mistas. O zloty polonês subiu 0,1% em relação ao euro depois que dados mostraram que a taxa de desemprego caiu para 5,2% em abril. Já o forint da Hungria reduziu 0,4%. 

 

 

 

 

 

 



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