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China está relacionada à inflação global mais alta

 

De acordo com o Instituto Peterson de Economia Internacional (PIEE, sigla em inglês), a Rússia é a culpada pela crise de segurança alimentar e pelos altos preços da energia devido à guerra com a Ucrânia. Contudo, a China também tomou medidas que impulsionam a inflação em todo o mundo.?

A Rússia está sobrecarregando a exportação de fertilizantes cruciais que os agricultores necessitam. Além disso, o papel da Ucrânia em relação ao suporte de materiais básicos para a África e o Oriente Médio foi destruído. 

No entanto, há outro risco subestimado para a segurança alimentar global. Em particular, os analistas destacaram as restrições e tarifas impostas pela China a duas commodities primárias, a carne suína e fertilizantes. Vale ressaltar que as fronteiras da China vão além dos alimentos e a gigante asiática, uma das maiores produtoras de aço do mundo, também impôs restrições ao material.

Logo, todos esses passos levaram a preços mais altos em outros lugares. A questão com a China é que o país continua a operar como um país pequeno e suas políticas geralmente têm o efeito desejado em casa. Por exemplo, reduzir os custos de importação para a indústria ou um grupo de agricultores chineses. A China vem escolhendo uma política que resolva o problema doméstico, ignorando totalmente seus custos para outros países.

China e a inflação

Os preços dos fertilizantes na China e no mundo começaram a subir no ano passado devido à forte demanda e aos altos preços da energia. No entanto, cresceu ainda mais desde o início da guerra entre Rússia e Ucrânia. Em julho do ano passado, as autoridades ordenaram que grandes empresas chinesas suspendessem as exportações de fertilizantes para garantir o fornecimento doméstico. Isso ocorreu quando os preços dos fertilizantes continuaram a subir, além disso o governo iniciou controles adicionais sobre as exportações em outubro. Essas limitações duraram o ano todo e vão durar pelo menos até o final do verão chines.

Analistas ressaltaram que essa combinação de barreiras não tarifárias levou a um declínio acentuado nas exportações chinesas de fertilizantes, logo, os preços do produto caíram. No entanto, isso contrastava fortemente com a situação no mundo, onde os preços dos fertilizantes continuavam a subir, sendo que o aumento foi o dobro do ano anterior. Vale notar que a participação da China nas exportações globais de fertilizantes era de 24% para fosfatos, 2% para potássio e 13% para nitrogênio antes das restrições.

Dessa forma, os analistas da PIIE informaram que a decisão do gigante asiático de não fornecer fertilizantes aos mercados mundiais apenas empurra o problema para outros países. Quando há menos fertilizante, menos comida cresce, o que já ameaça a alimentação global. A Rússia e a Ucrânia são exportadores significativos de cevada, milho, trigo e óleo de girassol. Assim, especialistas dizem que a China precisa fazer mais e não menos para enfrentar um potencial desafio humanitário.

Aço chinês 

Os preços do aço na China e no mundo aceleraram nos últimos dois anos. Além disso, o país anunciou que reduzirá a produção nacional de aço para atingir as metas de descarbonização. Sendo assim, o governo suspendeu a proibição de importação de sucata de aço para aumentar os preços domésticos no ano passado e também prepararam algumas rodadas de limites de exportação. Do mesmo modo, aumentaram as taxas de exportação de cinco produtos siderúrgicos.

Entretanto, para março deste ano, os preços do aço chinês ficaram 5% mais baixos do que antes dos limites. No entanto, assim como no caso dos fertilizantes, essa redução ocorreu às custas do resto do mundo, onde os preços fora da China continuam mais altos.

 




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