Moeda da China caminha para seu pior mês
Os bancos de investimento globais se apressaram para reduzir suas estimativas de yuans à medida que a moeda da China se aproxima de seu pior mês em décadas. O otimismo desapareceu em meio a uma desaceleração econômica local e expectativas agressivas de aumentos nas taxas de juros dos EUA.
Logo, o JP Morgan baixou sua previsão de yuans duas vezes por semana, enquanto analistas do Standard Chartered, HSBC e outros também estão pessimistas em relação à moeda chinesa.
Espera-se que o yuan seja negociado a cerca de 6,63 por dólar até a conclusão do segundo trimestre. Entretanto, a maioria prevê que o yuan caia ainda mais para 6,71 até o final do ano. Na sexta-feira, o yuan teve uma queda de 18 meses de 6,6510 por dólar.
Em suas perspectivas anuais publicadas no final do ano passado, os bancos previram que o yuan seria negociado em torno de 6,4 até o final de junho, quando a moeda chinesa estava subindo constantemente e entre as moedas de mercados emergentes com desempenho.
Contudo, a reviravolta ocorreu na queda de 4,6% do yuan em relação ao dólar em abril, colocando a moeda no caminho de sua queda mensal mais significativa desde que a China harmonizou as taxas de câmbio oficiais e de mercado em 1994.
Uma perspectiva de crescimento enfraquecida prejudicada pelos bloqueios do COVID-19 e uma crescente lacuna política com os EUA, provavelmente impulsionarão os fluxos em dólares no curto prazo.
Notas de dólar
Já o dólar caiu de sua recente alta de 20 anos na sexta-feira, mas ainda estava a caminho de seu melhor mês desde 2015. A moeda foi apoiada por expectativas de aumentos de juros nos Estados Unidos e preocupações de crescimento na China e na Europa.
Assim, no último dia de negociação de um mês tumultuado para os mercados de câmbio, os principais pares de moedas recuaram ligeiramente de suas trajetórias anteriores, à medida que os mercados globais se estabilizaram e os investidores lucraram com os ganhos do dólar.
Entretanto, o índice do dólar caiu 0,6% no dia em 102,98, mas ainda estava a caminho de ganhar 4,8% em abril. Com a queda do dólar, outras moedas importantes subiram, com o euro subindo 0,6% no dia, para US$ 1,05655.
O euro teve uma queda mensal de 4,5%, sua pior queda desde 2015.
Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, o euro perdeu cerca de 6,6% em relação ao dólar. Investidores estão preocupados com a segurança energética, a inflação e o crescimento da Europa. Vale salientar que no mês de abril, a inflação da zona do euro saltou para 7,5%.
Por fim, a taxa de câmbio dólar-iene permaneceu acima da barreira psicológica crítica de 130, em 130,085, após cruzar 130 pela primeira vez em 20 anos na quinta-feira, quando o Banco do Japão se comprometeu a manter sua política de rendimento ultra baixo.
