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Atualização sobre situação atual do petróleo 

 

Investidores avaliam a ameaça de uma proibição da União Europeia (UE) ao petróleo russo. Além disso, existem preocupações em relação à recuperação da China contra o Covid19.  

Dessa forma, o petróleo subiu encerrando outra semana volátil de comércio.

Logo, o West Texas Intermediate (WTI) aumentou 2,7%, enquanto os futuros de gasolina também subiram. Além disso, alguns países da UE informaram que se a Hungria não concordar com o embargo de petróleo proposto, a UE pode ter que reconsiderar o acordo. 

Enquanto isso, as autoridades de Pequim refutaram as especulações de que a cidade seria colocada sob bloqueio.

Outra preocupação que afeta a decisão de investidores é o possível impacto da diminuição dos estoques de combustíveis americanos antes da temporada de verão. 

Assim, os contratos futuros de gasolina nos Estados Unidos estão sendo negociados a US$ 55 o barril acima do petróleo, sendo o spread mais extenso em anos. Esta semana, o petróleo moveu-se descontroladamente dentro de uma faixa de US$ 12, devido ao surto viral da China e a guerra na Ucrânia que contribuíram para o comércio instável desde o final de fevereiro. A ameaça de aumento das taxas de juros e inflação descontrolada também pesou sobre o sentimento de risco nos últimos dias.

Na sexta-feira, o WTI para entrega em junho avançou 2,7%, para US$ 108,97 por barril, enquanto os futuros caíram 0,8%. Já o Brent para entrega em julho subiu 2,5%, para US$ 110,12 por barril e no retrocesso, o spread de tempo imediato foi de US$ 1,68, comparado a US$ 1,34 no início da semana.

Por fim, o ministro da Energia da Arábia Saudita afirmou que um déficit de refino, e não a falta de petróleo, está por trás do aumento recorde nos preços dos combustíveis.

 

 

Demanda mais baixa abala os mercados de petróleo

A Agência Internacional de Energia (IEA) emitiu um alerta sobre o fornecimento global de petróleo bruto há dois meses, pois eles antecipam que as sanções ocidentais contra a Rússia removerão até 3 milhões de barris por dia do mercado global de petróleo. 

Entretanto, de acordo com o último Relatório Mensal do Mercado de Petróleo da IEA, o crescimento lento da demanda e o aumento da produção de outras grandes nações petrolíferas ajudarão a minimizar o impacto das sanções. Em outras palavras, a agência não espera mais que o mercado incorra em déficit.

Como a AIE observa em sua análise, a diminuição da demanda sem dúvida ajudará a mitigar as consequências do boicote. De acordo com a agência, o mercado global de petróleo deve cair para 1,9 milhão de BPD no trimestre atual, de 4,4 milhões no primeiro trimestre. A razão por trás disso são as pressões inflacionárias e os preços mais altos do petróleo. Além disso, a IEA ainda espera que essa taxa de crescimento caia drasticamente para 490.000 BPD no segundo semestre.

Essa desaceleração seria altamente benéfica para equilibrar qualquer produção russa perdida, se isso ocorrer.

Conforme o relatório de status da EIA, a expansão da produção de petróleo nos Estados Unidos têm dificuldades, pois além da abordagem conservadora de expansão das grandes perfuradoras, o aumento dos preços dos insumos agora está interferindo nos planos de crescimento da produção. Vale notar que a produção de petróleo dos EUA caiu 100.000 barris por dia na semana passada para 11,8 milhões de barris. 

Enquanto isso, outro grande produtor global, o Brasil, afirmou que não será capaz de aumentar a produção com rapidez suficiente, pois não seriam capazes de preencher qualquer vácuo criado por barris russos sancionados . 

A Reuters informou no início desta semana que autoridades dos EUA se reuniram com executivos da Petrobras no Brasil para discutir o aumento da produção para compensar a perda de petróleo russo.

Entretanto, os americanos voltaram de mãos vazias, pois funcionários da empresa brasileira enfatizaram aos visitantes que a produção de petróleo era o resultado de uma estratégia de negócios de longo prazo e não diplomacia. Além de um aumento de curto prazo na produção ser logisticamente impossível.

Logo, a única esperança de equilíbrio do mercado neste ambiente de produção está no lado da demanda. Como atualmente, as expectativas são de aceleração da inflação, a demanda por petróleo deve diminuir e assim o Fundo Monetário Internacional provavelmente reduzirá suas previsões de crescimento econômico para este e para o próximo ano.





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