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Dados ruins da China estimulam recessão

 

Após as estatísticas chinesas ruins, os mercados de ações asiáticos e os preços da energia caíram na segunda-feira. Este resultado é reflexo dos profundos danos causados pelos recentes bloqueios na China. 

As vendas no varejo de abril na China caíram 11,1% no ano, quase o dobro da perda prevista. Enquanto isso, a produção industrial caiu 2,9%, apesar dos economistas esperarem um pequeno aumento. 

Já os futuros do EURO STOXX 50 e do FTSE caíram 0,3% na Europa. Os futuros de ações do S&P 500 caíram 0,6%, enquanto os futuros de ações da Nasdaq caíram 0,5%. Ambos estão abaixo das máximas do ano passado, com o S&P em queda pela sexta semana consecutiva. 

Além disso, aqueles que esperavam uma redução da taxa ficaram igualmente desapontados com o Banco Central da China. No entanto, Pequim autorizou um corte adicional nas taxas de juros de empréstimos hipotecários para compradores de imóveis selecionados no domingo.

Crescimento interrompido

Vale ressaltar que os números de segunda-feira ofuscaram o anúncio de que Xangai planejava reabrir amplamente e permitir que a vida normal seja retomada em 1º de junho. Assim, em resposta, as blue chips chinesas caíram 0,8%. Além disso, as moedas de commodities perderam, lideradas pelo dólar australiano, o qual é frequentemente visto como um substituto líquido para o yuan. 

Enquanto isso, após uma queda de 2,7% na semana passada, quando atingiu um fundo de dois anos, o índice mais amplo de ações da Ásia-Pacífico o MSCI fora do Japão recuperou os ganhos iniciais para permanecer estável, sendo que um iene mais fraco ajudou os exportadores. No entanto, o Nikkei do Japão manteve ganhos de 0,5% depois de perder 2,1% na semana anterior.

Além disso, a confiança do consumidor nos Estados Unidos caiu para o menor nível em 11 anos no início de maio. A razão por trás disso é a inflação altíssima e o aumento das taxas de juros, o que fez aumentar as apostas para as vendas no varejo de abril, que vencem na terça-feira. 

Outro fator que afetou a confiança foi Federal Reserve hawkish que deixou as condições financeiras mais restritivas, o que levou o Goldman Sachs a reduzir sua previsão de crescimento do PIB em 2022 para 2,4%, de 2,6%. Já o crescimento anual em 2023 deve ser de 1,6%, abaixo dos 2,2% em 2018. Vale notar que segundo Jan Hatzius, analista do Goldman Sachs, o índice de condições financeiras apertou em mais de 100 pontos-base, implicando em uma redução de 1 ponto percentual no crescimento do PIB.





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