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Mcdonald’s deixará a Rússia após 30 anos

 

Devido a invasão na Ucrânia, o McDonald’s Corp anunciou planos para vender seus restaurantes depois de operar na Rússia por mais de 30 anos. 

A maior empresa de hambúrgueres do mundo detém cerca de 84% de suas quase 850 lojas na Rússia, e enfrentará uma perda não monetária de até US$ 1,4 bilhão. 

O McDonald’s (NYSE: MCD) anunciou em março que fechará todos os seus restaurantes no país, incluindo a instalação histórica da Pushkin Square, no centro de Moscou. Vale lembrar que o local serviu como símbolo do próspero capitalismo americano nos últimos dias da União Soviética. 

A presença da companhia no país simbolizava o alívio das tensões da Guerra Fria e oferecia a chance para milhões de pessoas saborearem a comida e o espírito ocidentais.

Desastre humanitário não será esquecido

Em uma carta à equipe, o presidente-executivo do McDonald’s, Chris Kempczinski, anunciou: “Alguns argumentam que dar acesso a alimentos e empregar milhares de pessoas comuns é a coisa certa a fazer. No entanto, é difícil ignorar o desastre humanitário causado pelo conflito na Ucrânia.” 

Embora a grande maioria dos restaurantes na Rússia tenha fechado, alguns locais franqueados permaneceram operacionais, capitalizando a crescente popularidade do McDonald’s.

Vale notar que a Rússia e a Ucrânia responderam por cerca de 9% das vendas da empresa no ano passado, ou US$ 2 bilhões. Sendo assim, o McDonald’s está considerando vender seus restaurantes no país para um comprador local, mas não permitirá que os estabelecimentos usem seu nome, logotipo, marca ou cardápio, preservando sua marca registrada. Entretanto, é a marca que permite que eles voltem a entrar no mercado a longo prazo, de acordo com o analista da Edward Jones, da Brian Yarbrough. 

A empresa afirmou que seus 62.000 funcionários na Rússia seriam pagos até que a aquisição fosse concluída e que eles teriam empregos futuros com qualquer possível comprador.

Além disso, no início do dia, a Renault (EPA: RENA) anunciou que transferirá sua participação majoritária na Avtovaz para um instituto de pesquisa russo.

As corporações correm para cumprir as sanções e lidar com as ameaças do Kremlin de confiscar ativos de propriedade estrangeira. Logo, espera-se que mais grandes marcas sigam o McDonald’s, de acordo com analistas.

 



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