Reabertura do mercado russo e o colapso econômico 

Após a invasão russa na Ucrânia, o mercado russo fechou como forma de isolar a economia das duras sanções ocidentais. 

Entretanto, o mercado de ações russo abriu sob severas restrições ao comércio regional na quinta-feira. As restrições comerciais significativas às negociações destacaram o isolamento econômico da Rússia e a pressão sobre o sistema financeiro, apesar dos esforços do banco central de conter as desacelerações do mercado.

Os estrangeiros não puderam vender e ao mesmo tempo, os traders foram proibidos de fazer vendas a descoberto. Contudo, o governo informou que gastaria US$ 10 bilhões em ações nos próximos meses, um passo para impulsionar os preços

Segundo os estrategistas, as negociações reabertas foram intensamente administradas. Contudo, mesmo que os russos tenham algum dinheiro sobrando, não há mais nada para comprar para se proteger da inflação ou de um colapso na moeda.

Resultados

O índice de referência MOEX ganhou 4,3%, já que algumas empresas se recuperaram parcialmente do prejuízo no dia da invasão. Contudo, a Aeroflot, companhia aérea, quebrou a tendência positiva e perdeu um total de 16,4%. Isso não é surpreendente, já que os Estados Unidos, a União Européia e outros países proibiram os aviões russos de entrar no espaço aéreo.

As ações foram negociadas pela última vez na Rússia no dia 25 de fevereiro, um dia após o MOEX cair 33%, depois que as tropas russas invadiram a Ucrânia. No início da semana, a Rússia retomou a negociação de títulos do governo denominados em rublos. Além disso, informou que vai gastar recursos do governo aumentando artificialmente as ações das empresas que negociam.

Entretanto, fora da Rússia, a abertura da Bolsa de Valores de Moscou teve pouco impacto. 

No final do ano passado, a capitalização de mercado da Bolsa de Valores de Moscou era de cerca de US$ 773 bilhões. Contudo, esse valor se torna ofuscado pela Bolsa de Valores de Nova York, onde o valor total de todas as ações é de cerca de US$ 28 trilhões.

Conclusão

Ainda assim, é improvável que a retomada das negociações no MOEX ajude a maioria dos russos, já que as sanções financeiras e redução do comércio estão destruindo a economia do país.

O Instituto de Finanças Internacionais (IIF, sigla em inglês) , um grupo comercial que representa grandes empresas financeiras, previu nesta semana uma queda de 15% no crescimento russo devido à guerra na Ucrânia este ano, e outros 3% em 2023. Com isso, especialistas preveem que os eventos atuais apagarão cerca de 15 anos de ganhos econômicos.