Queda do desemprego no Reino Unido surpreende
Números oficiais divulgados na terça-feira indicaram que a taxa de desemprego da Grã-Bretanha nos primeiros três meses deste ano caiu para seu nível mais baixo desde 1974. Dessa forma, ficaram em 3,7%, bem abaixo das expectativas dos especialistas de 3,8%.
Nos três meses até março, os salários médios, excluindo bônus, foram 4,2% maiores do que no ano anterior, ficando acima da previsão média de uma pesquisa da Reuters de 4,1%.
Vale notar que o desemprego no Reino Unido despencou, com quase um milhão de pessoas mudando de emprego. Além disso, o número de vagas subiu para um recorde de 1,3 milhão.
Mais vagas do que candidatos
Segundo o Escritório de Estatísticas Nacionais, pela primeira vez na história o Reino Unido está com menos pessoas desempregadas do que vagas de emprego.
Logo, o número de desempregados por seis a doze meses caiu para o nível mais baixo já registrado. Contudo, devido ao número significativo de pessoas que afirmam não estar trabalhando nem procurando emprego, a força de trabalho do país permanece menor do que antes da epidemia.
Assim, um novo aumento da taxa de inatividade econômica contribui com as barreiras a um mercado de trabalho limitado, dessa forma, a taxa de emprego subiu para 75,7%, 0,1% acima do trimestre anterior, mas ainda 0,9% abaixo do início de 2020.
Além disso, os dados destacam a magnitude do problema enfrentado pelo Banco da Inglaterra, que tenta conter a inflação crescente, já que os funcionários querem aumentos salariais para aliviar o estresse em seus orçamentos. Dessa forma, o presidente do Banco Central, Andrew Bailey, alertou na segunda-feira que as pessoas com altos salários devem reconsiderar pedir grandes aumentos salariais este ano, pois existe o risco de que o forte crescimento salarial possa alimentar mais aumentos nos preços ao consumidor, mantendo inflação alta por mais tempo.