Produção de petróleo cresce meio a alta do preço
Na quarta-feira, um grupo de grandes e influentes produtores de petróleo concordou com um aumento planejado na produção. Esse crescimento ocorrerá mesmo que os preços do petróleo estejam perto de um recorde devido a tensões geopolíticas.
Em março, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus Aliados (OPEP+) e países não membros concordaram em restabelecer a meta de 400.000 barris por dia (bpd).
A aliança liderada pela Arábia Saudita e Rússia está desfazendo cortes recordes de oferta de aproximadamente 10 milhões de bpd.
A OPEP+ está sob pressão dos principais consumidores, como EUA e Índia, para que ela bombeie mais petróleo para baixar os preços e ajudar na recuperação econômica. Apesar dos preços mais altos dessa commodity, a organização resistiu aos pedidos para que houvesse aumentos mais rápidos.
Os futuros do petróleo Brent tiveram um crescimento de 0,35%, fechando em US$89,47 por barril. Na semana passada, o contrato atingiu uma alta de sete anos, chegando a ser negociado por US$91,70.
Já os futuros do West Texas Intermediate nos EUA subiram 6 cents, fechando em US$88,26 por barril. Durante as negociações, esse contrato atingiu US$89,72, considerado o seu nível mais alto desde outubro de 2014.
Vale frisar que a OPEP+ corresponde a cerca de 40% da oferta mundial de petróleo.
Suspensão da demanda
De acordo com Helima Croft, chefe de estratégia global de commodities da RBC Capital Markets, a OPEP+ manterá o ritmo, por enquanto.
O problema é que a produção não está chegando a 400 mil barris devido a dificuldades com a Nigéria e Angola.
Nos últimos meses, vários membros da OPEP+ vem tentando atingir os aumentos mensais de produção do grupo.
Croft disse que: “Se os preços do petróleo subirem significativamente – algo previsto pelos analistas de Wall Street – a Arábia Saudita limitará qualquer risco de alta devido a preocupações com a diminuição da demanda por petróleo”.
Vale ressaltar que a principal causa da emergência climática é o uso de combustíveis fósseis, como petróleo e gás.
Os principais cientistas climáticos do mundo alertaram que limitar o aquecimento global a menos de 1,5 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais é impossível. Eles acrescentaram que a queda no aquecimento global só é possível se as emissões de gases do efeito estufa forem reduzidas imediatamente e em grande escala.
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