China: receitas fiscais do país caem 1.2%

Na China, o lucro fiscal nos primeiros dois meses de 2023 diminuiu 1,2% em relação ao ano anterior, segundo o ministério das finanças. No entanto, há indicações de que a atividade econômica deve se recuperar após medidas rigorosas de combate ao COVID.

As estatísticas desta semana mostraram que a segunda maior economia do mundo está se reerguendo após o governo aliviar repentinamente as restrições em dezembro. 

No entanto, a recuperação tem sido instável. O banco central afirmou que vai reduzir pela metade a quantidade de dinheiro que os bancos devem manter como reservas para ajudar a estimular o crescimento.

As receitas fiscais totalizaram 4,57 trilhões de yuans em janeiro-fevereiro, enquanto os gastos atingiram 4,08 trilhões de yuans, um aumento de 7,2%.

A receita gerada pela venda de terrenos do governo diminuiu ainda mais nos primeiros dois meses do ano. 

Isso significa que os desenvolvedores imobiliários ainda temem fazer grandes investimentos, apesar da ajuda adicional que o governo tem fornecido para tornar o financiamento mais acessível.

A receita proveniente da venda de terrenos, a maior fonte de financiamento que os governos locais arrecadam diretamente, caiu 29,2% nos primeiros dois meses do ano.

Desafios e oportunidades para a indústria chinesa local

O ministro das finanças afirmou no início deste mês que as condições fiscais dos governos locais da China podem melhorar à medida que a economia se recupera lentamente. No entanto, o risco de dívida para alguns governos é alto, pois eles enfrentam algumas pressões de pagamento. 

Com um ambiente externo e interno severo e volátil, a melhora da demanda externa e doméstica enfrenta certos obstáculos. 

O trabalho e o funcionamento das empresas ainda precisa melhorar, o que aponta para uma certa confusão nas receitas fiscais, visto que as pequenas empresas foram particularmente afetadas pelas medidas de combate ao vírus no ano passado.