Repsol desiste de construir terminal na costa do Canadá

Segundo o anúncio da empresa na quinta-feira, a Repsol optou por não construir uma instalação de gás natural liquefeito (GNL) na costa leste do Canadá, pois o transporte do gás até lá seria muito caro.

Como parte de um esforço global para garantir suprimentos alternativos de gás russo após a invasão da Ucrânia, a corporação espanhola Repsol estava considerando construir uma instalação de exportação de GNL em Saint John, New Brunswick, para fornecer aos mercados europeus.

No entanto, para chegar ao terminal, o gás precisaria ser transportado por centenas de quilômetros a partir do oeste do Canadá. Isso exigiria a construção de nova capacidade de gasoduto através dos estados do nordeste dos EUA e das províncias canadenses. Historicamente, essas regiões se opuseram ao desenvolvimento de combustíveis fósseis.

Josu Jon Imaz, CEO da Repsol, afirmou no verão passado que a empresa precisaria de nova infraestrutura de gasoduto, acordos de tarifação e um comprador comprometido com um acordo de aquisição de 15 a 20 anos para entregar o gás à costa do Atlântico.

No ano passado, com os preços do gás subindo em resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia, as nações europeias correram para encontrar novas fontes de suprimento. Na tentativa de acelerar as entregas para a Europa, o chanceler alemão Olaf Scholz visitou o Canadá em agosto.

O preço do gás natural deve subir 

O preço do gás natural deve subir 1,6% para $2.479/mmBtu devido a um relatório pessimista da EIA sobre o armazenamento de gás. Embora tenha havido uma diminuição no estoque de gás de 58 bilhões de pés cúbicos na última semana, ela ainda é menor do que as perdas esperadas.

No entanto, o armazenamento total aumentou de um déficit de 0,3% para um superávit acima da média de 24%. A expectativa é de que as previsões sejam confirmadas com um aumento no armazenamento de 22% para 24% acima do normal. Como resultado, os futuros do gás natural subiram 3% desde o início da semana.