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Banco Central Europeu: alteração na perspectivas de juros

Os formuladores de políticas do Banco Central Europeu (BCE) se reunirão nesta quinta-feira em meio a uma volatilidade extraordinária do mercado. Importante destacar que existe a possibilidade de abandonar os planos para outro aumento significativo da taxa de juros, mesmo que a inflação ainda esteja muito alta.

O BCE deveria aumentar as taxas em mais 50 pontos-base depois de iniciar uma campanha para desacelerar a inflação de preços que tem aumentado em seu ritmo mais rápido de todos os tempos.

No entanto, a falência do Silicon Valley Bank na semana passada nos Estados Unidos gerou preocupações sobre o estresse na indústria bancária e levou as ações a despencarem, com o Credit Suisse, que há muito tempo enfrenta problemas, no epicentro do colapso na Europa.

A inflação na zona do euro foi de 8,5% em fevereiro, bem acima da meta do BCE de 2%, mas abaixo da alta do outono passado. Sendo assim, o prognóstico continua sombrio. 

As novas estatísticas devem continuar mostrando aumento de preços bem acima da meta em 2024 e ligeiramente acima em 2025, conforme uma fonte com conhecimento direto disse à Reuters. 

Enquanto isso, as previsões para a inflação subjacente, medida de quanto tempo os aumentos de preços vão durar, devem aumentar. 

E agora? As taxas vão subir?

Os mercados reduziram suas expectativas sobre a quantidade de aumento desta quinta-feira e dos próximos aumentos devido à dúvida sobre a decisão do BCE. 

A imprevisibilidade coincide com o anúncio do Credit Suisse de que pretende tomar emprestado até US$ 54 bilhões do Banco Nacional Suíço para aumentar a liquidez, depois que a queda do preço de suas ações aumentou as preocupações sobre uma crise bancária mundial.

A taxa máxima do BCE, às vezes chamada de taxa terminal, é atualmente estimada em 3,25%, abaixo dos 4% da semana passada.

Embora ainda haja uma predisposição a favor de taxas mais altas, o BCE quase certamente abandonará seu hábito anterior de sinalizar sua próxima ação e deixará a porta aberta para a reunião de maio.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, deve tentar tranquilizar os investidores sobre o estado dos bancos do bloco, afirmando que eles estão mais líquidos, lucrativos e bem capitalizados agora do que estavam durante períodos tumultuados anteriores.

Entretanto, dado que recentemente eliminou um subsídio de uma importante instalação de liquidez para afastar os credores dos fundos do banco central, o BCE provavelmente se absterá de propor medidas explícitas para ajudar os bancos.

Lagarde ainda pode transmitir que o BCE está pronto para intervir caso a contágio comece a impactar negativamente o bem-estar dos credores na zona do euro, impedindo o banco de implementar com sucesso sua política monetária.



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