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Aumento da oferta dos EUA não mantém os preços do petróleo

 

Apesar de um aumento previsto no fornecimento de petróleo dos EUA, com o relaxamento dos bloqueios chineses relacionados ao COVID-19 e uma possível greve dos petroleiros noruegueses, os preços do petróleo aumentaram na quarta-feira. 

Assim, às 09:27 GMT, os contratos futuros de petróleo Brent subiram US$ 1,01, ou 0,8%, a US$ 121,58 por barril. Já o preço do petróleo bruto US West Texas Intermediate (WTI) foi de US$ 120,62 por barril, até US$ 1,21 ou 1%. 

Além disso, de acordo com o analista do UBS Giovanni Staunovo, “Os preços do petróleo estão mais altos, apesar dos dados do Instituto Americano de Petróleo (API, sigla em inglês) sugerirem o acúmulo de petróleo e derivados”. 

Devemos esperar mais aumento de preços?

Segundo fontes do mercado, os números do API divulgados na terça-feira revelaram que os estoques de petróleo nos EUA aumentaram 1,8 milhão de barris na semana que terminou em 3 de junho. Bem como, os estoques de gasolina aumentaram 1,8 milhão e os destilados 3,4 milhões de barris. 

Entretanto, na quarta-feira, às 10h30 EDT (1430 GMT), a Administração de Informações sobre Energia dos EUA (EIA, sigla em inglês) divulgará os níveis de estoque da semana anterior. 

Além disso, o Banco Mundial reduziu sua previsão de crescimento global para 2022 em cerca de um terço na terça-feira, visto que a invasão russa na Ucrânia exacerbou os efeitos da pandemia de COVID-19 e muitas nações estão agora em recessão. 

Enquanto isso, os suprimentos globais de petróleo e derivados permanecem apertados. Assim, elevando as margens de diesel nas refinarias asiáticas a novas máximas, à medida que as sanções ocidentais sufocam os embarques da Rússia, o maior produtor mundial.

De acordo com o CEO da trader global de commodities Trafigura, os preços do petróleo podem em breve ultrapassar US$ 150 o barril. Bem como, podem subir mais este ano, com provável degradação da demanda até o final do ano. 

Logo, para satisfazer o aumento da demanda da recuperação da epidemia e substituir o suprimento russo perdido, a maioria das refinarias em todo o mundo está agora perto da sua capacidade máxima. 

De acordo com analistas do JP Morgan, a Rússia restringiu as exportações de derivados de petróleo em 500.000 a 700.000 barris por dia, já que comercializar gasolina é mais difícil do que comercializar petróleo. 

“A falta de produtos limpos só vai piorar quando a demanda por combustíveis para transporte aumentar durante o verão do hemisfério norte”, informaram os analistas em nota.

Contudo, a menos que a capacidade adicional do Oriente Médio surja mais rápido do que o esperado ou a China decida reduzir suas limitações de exportação de produtos, conseguiremos manter os preços e atender a demanda.

 



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