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A taxa de câmbio do dólar está em alta 

A taxa de câmbio do dólar tem sido um tema quente nos mercados financeiros. Com o dólar subindo durante 12 semanas consecutivas, o índice do dólar atingiu uma máxima de 11 meses em 107,34. 

No entanto, os acontecimentos recentes interromperam temporariamente a recuperação do dólar. Neste artigo, iremos aprofundar os fatores que afetam a taxa de câmbio da moeda americana, incluindo a influência dos dados da folha de pagamento não agrícola dos EUA e o panorama econômico mais amplo.

O desempenho recente do dólar

O índice do dólar tem tido uma notável sequência de vitórias, fixando-se recentemente em 106,37. A posição agressiva do Federal Reserve (Fed) em relação às taxas de juros influenciou fortemente o sentimento do mercado, o que contribuiu para a valorização do dólar.

Além disso, esta resiliência manteve os investidores atentos enquanto aguardavam ansiosamente os dados sobre as folhas de pagamento não-agrícolas dos EUA em busca de potenciais catalisadores para movimentar o mercado.

Rodrigo Catril, estrategista sênior de câmbio do National Australia Bank, enfatizou a importância desta divulgação de dados, afirmando: “Temos que estar cientes de que, no momento, os rendimentos do Tesouro dos EUA e o dólar, em particular, têm sido muito reativos positivamente, portanto, há potencial para fogos de artifício esta noite com os dados.”

Volatilidade do mercado 

Os mercados financeiros têm vivido um turbilhão de volatilidade, não só no mercado cambial, mas também nos títulos do Tesouro dos EUA. O rendimento do Tesouro dos EUA de 30 anos, depois de ter ultrapassado os 5% pela primeira vez desde 2007 no início da semana, chegou em 4,900%. 

Vale notar que é importante que os rendimentos dos títulos se movem inversamente aos preços, tornando estas flutuações significativas para os investidores.

Enquanto isso, o rendimento de referência do Tesouro de 10 anos, que desempenha um papel crucial na formação do sentimento do mercado, fixou-se pela última vez em 4,7269%. No entanto, o rendimento de 2 anos situou-se em 5,0267%, refletindo a incerteza geral no panorama financeiro.

O adiamento do iene 

Em meio à recente força do dólar, o iene experimentou um aumento repentino, mas breve, atingindo 147,30 por dólar. Esta medida levou à especulação de que as autoridades japonesas poderiam estar intervindo no mercado cambial para apoiar a sua moeda. Contudo, os dados do Banco do Japão sugerem o contrário.

Vishnu Varathan, chefe de economia e estratégia do Mizuho Bank, comentou: “Se o Banco do Japão (BOJ, sigla em Inglês) e/ou o Ministério das Finanças irão intervir em níveis distintos… continuará a ser uma provocação, dependendo de mercados cambiais mais amplos e do impulso”. De toda forma, esta incerteza sublinha o delicado equilíbrio nos mercados cambiais.

Luta entre euro e libra

O euro enfrentou o seu próprio conjunto de desafios, caindo 0,03%, para 1,0546 dólares, e prolongando as suas perdas pela 12ª semana consecutiva. Da mesma forma, a libra esterlina caiu 0,03%, para US$ 1,2188, lutando contra o dólar dominante. 

Thierry Wizman, estrategista global de câmbio e taxas de juros do Macquarie, observou: “O cenário continua sendo aquele em que o Federal Reserve (Fed) está se arriscando muito mais do que o Banco Central Europeu, o Banco da Inglaterra (BOE), o Banco Central da Austrália (RBA)  e o Banco do Japão (BOJ)”.

Passando para o Hemisfério Sul, o dólar australiano caiu 0,05%, para US$ 0,6367, enquanto o dólar da Nova Zelândia ganhou 0,11%, para US$ 0,59695. Ambas as moedas enfrentaram pressão descendente no início da semana devido às respectivas decisões dos Bancos Centrais. 

O Banco Central da Austrália manteve as taxas de juros estáveis ​​pelo quarto mês, enquanto o Banco Central da Nova Zelândia fez o mesmo. No entanto, as mensagens de ambos os bancos foram menos agressivas do que o esperado.

O dólar australiano previa uma queda semanal de mais de 1%, enquanto o kiwi caminhava para uma queda de mais de 0,5%. A dominância do dólar no mercado cambial fez com que estas moedas lutassem para manter as suas posições.

Aumento sem precedentes do dólar e cautela do mercado

No mundo das finanças, o dólar tem estado nas manchetes ao interromper a sua recuperação implacável. Depois de atingir uma alta impressionante em 11 meses no início da semana, o índice do dólar finalmente se estabeleceu em 106,37. No entanto, manteve-se em curso durante surpreendentes 12 semanas consecutivas de ganhos. 

Esta tendência notável foi impulsionada por uma série de dados econômicos robustos dos EUA, reforçando a posição agressiva do Fed em relação às taxas de juros mais elevadas. Consequentemente, provocando o aumento dos rendimentos do dólar e do Tesouro dos EUA.

Ao mesmo tempo, os mercados se preparavam para os aguardados dados sobre as folhas de pagamento não-agrícolas dos EUA, os investidores pareciam cautelosos, mantendo as suas posições relativamente conservadoras. 

Rodrigo Catril, estrategista sênior do National Australia Bank, descreveu apropriadamente o sentimento como um balanço antes de uma divulgação de dados potencialmente cruciais. No entanto, outras moedas importantes, como o euro e a libra esterlina, enfrentaram desafios face ao dólar dominante, com ambas as moedas a registarem semanas de perdas. De todo modo, a postura agressiva do Fed, em contraste com as políticas de outros Bancos Centrais, prejudicou estas moedas.



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