Putin diz que a Rússia não tem como deixar a Ucrânia
Na terça-feira, Vladimir Putin, presidente da Rússia, disse que o país não tem como suspender o impasse com os EUA sobre a Ucrânia. Ele acrescentou que a Rússia seria forçada a responder de forma rígida, caso o Ocidente não mude seu jeito de lidar com a situação.
Putin se dirigiu aos oficiais militares enquanto pressionava por uma resposta urgente da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e dos EUA. Tal resposta se refere às sugestões que o país fez na semana passada sobre garantias de segurança oferecidas pelo Ocidente.
Visão geral
Vladimir disse que os EUA estão se aproximando da Rússia por ter negócios na Ucrânia. Ele também disse que os EUA deveriam entender que o país não vai deixar a Ucrânia e que os EUA deveriam se retirar. Ele defendeu sua posição dizendo que, se o caráter rígido do ocidente continuar, eles tomarão medidas técnico-militares. Além disso, eles responderão intensamente a ações desagradáveis.
Putin não informou os detalhes, mas repetiu claramente o que Sergei Ryabkov, vice-ministro das Relações Exteriores, disse no início desta semana. Ele alertou que a Rússia pode implantar mísseis nucleares na Europa. Isso funcionará como uma resposta ao que a OTAN pretende fazer à Rússia.
A Rússia nega as acusações ucranianas e dos EUA de que possa estar preparando uma invasão à Ucrânia em janeiro por tropas russas que estão presentes na fronteira.
O país disse que precisa de garantias do Ocidente, incluindo a promessa de que a OTAN não realizará atividades militares na Europa Oriental. Os laços crescentes da Ucrânia ameaçam sua segurança com a aliança ocidental. Bem como a chance da OTAN lançar seus mísseis contra a Rússia em território ucraniano. Na sexta-feira, Volodymyr Zelenskiy, presidente ucraniano, disse que estava disposto a se encontrar com a Rússia para discutir qualquer tipo de negociação. No entanto, Moscou disse que não vê sentido em se reunir sem uma pauta determinada.
Durante uma ligação com Emmanuel Macron, presidente francês, Putin enfatizou que, para convocar o grupo de quatro potências da Normandia, reunindo os líderes da Rússia, França, Ucrânia e Alemanha, seriam necessárias grandes ações. Medidas estas que fariam com que Kiev cumprisse os acordos de paz existentes. Mas a Ucrânia diz que a Rússia e seus representantes se negam a se comprometer.
