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Proibição de entrada de palestinos afeta economia de Israel

Israel enfrenta graves repercussões econômicas após os acontecimentos do ataque terrorista liderado pelo Hamas em 7 de outubro de 2023. Isto deve-se, principalmente, à proibição imediata de quase todos os trabalhadores palestinos entrarem no país. O governador do banco central, Amir Yaron, deu esta notícia preocupante no Fórum Econômico Mundial em Davos. Ele esclareceu os choques duplos – oferta e procura – que estão a afetar a economia do país.

Além disso, Yaron descreveu o choque de oferta que atinge a economia de Israel, particularmente nos setores da construção e da agricultura. Com um terço da mão-de-obra da construção composta por palestinos da Cisjordânia, a súbita ausência destes trabalhadores está causando um choque negativo na oferta. Esta tendência reflete-se no setor agrícola, onde os trabalhadores estrangeiros são contribuintes vitais. Yaron também alertou que este choque de oferta poderá levar a um aumento dos preços na segunda metade do ano, e enfatizou a complexidade dos desafios econômicos, apontando o choque negativo simultâneo da procura resultante do conflito em curso. A predominância deste choque de procura, ligado aos recentes acontecimentos de guerra, exige uma monitorização vigilante à medida que o país conduz a sua política monetária nos próximos meses.

Impacto nos trabalhadores e na economia palestina

Antes da proibição, mais de 150 mil trabalhadores palestino entravam diariamente em Israel vindos da Cisjordânia ocupada, contribuindo significativamente para vários setores, incluindo a construção e a agricultura. A proibição abrupta não só desferiu um golpe na economia israelense mas também causou dificuldades econômicas substanciais na Cisjordânia. A proibição intensificou o ressentimento relativamente à ocupação prolongada de Israel e às suas ações na Faixa de Gaza.

Custo econômico e apelo à ação

No final de dezembro, o Ministério das Finanças de Israel advertiu que a proibição de trabalhadores palestinos poderia custar ao país milhares de milhões de shekels por mês. Os proprietários de empresas e fábricas instaram os legisladores a reconsiderar, sublinhando as terríveis consequências para indústrias como a da construção. Raul Sargo, presidente da Associação de Construtores de Israel, destacou a situação difícil da indústria, com fechamentos e redução de produtividade.

Êxodo de mão de obra estrangeira da agricultura

O setor agrícola de Israel, fortemente dependente da mão-de-obra estrangeira, também sofreu. Após o ataque de outubro, pelo menos 10 mil trabalhadores da Tailândia deixaram o país. O impacto na agricultura, juntamente com a proibição mais ampla dos trabalhadores palestinos, criou um cenário desafiador para a economia de Israel.

Otimismo em meio aos desafios

Apesar dos formidáveis ​​desafios, o Governador Yaron expressou otimismo quanto à capacidade de Israel de resistir aos choques econômicos. Ele sublinhou a natureza dinâmica e resiliente da nação, citando casos passados ​​em que a economia se recuperou após eventos militares. Embora reconhecendo as dificuldades, Yaron também expressou esperança em novas oportunidades num ambiente mais estável.

Ainda assim, Israel encontra-se numa encruzilhada econômica, enfrentando as consequências da proibição dos trabalhadores palestinos. Os choques duplos e o conflito em curso colocam desafios significativos, mas a nação continua esperançosa quanto à sua capacidade de superação e reconstrução.



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