Principais bancos cortam previsões de crescimento para China

Na segunda-feira, a China divulgou seus números de crescimento trimestrais. Muitos bancos de investimento decidiram cortar suas projeções econômicas para este ano. Além de alertar que o descaso do mercado imobiliário e cortes inesperados de energia podem afetar o crescimento.

A CNBC acompanhou as medidas do PIB anual de alguns bancos na China. Para este ano, a previsão intermediária é de crescimento de 8,4%, acompanhando os últimos cortes. Isso representa uma queda de 0,4% em relação à previsão anterior.

Previsões 

Das empresas investigadas pela CNBC, o banco de investimento japonês Nomura tem a menor previsão deste ano para o país, em torno de 7,8%. Enquanto o DBS maior banco do Sudeste Asiático, detém a maior previsão, com cerca de 8,9%.

Aqui estão as previsões para todo o ano:

Cortes do PIB dos bancos da China

Agosto

• ANZ: Corte de 8,9% para 8,4%, 
• Morgan Stanley: Corte de 8,3% para 7,8%

Setembro

• Bank of America: Corte de 9,3% para 9%
• Citi: Corte de 8,8% para 8,3%
• Deutsche Bank: Corte de 8,8% para 8,3%
• Goldman Sachs: Corte de 8,3% para 7,8%
• HSBC: Corte de 8,6% para 8,4%
• Nomura: Corte de 8,3% para 7,8%

Outubro

• Standard Chartered: Corte de 8,9% para 8,3%
• JPMorgan: Corte de 8,8% para 8,4%

Bancos que não mudaram a previsão

• Credit Suisse: 8,3%
• DBS: 8,9%
• UBS: 8,3%

Cenário econômico da China

As circunstâncias adversas para o crescimento aumentaram este ano. Elas variam de enchentes perturbadoras a gastos de clientes mais lentos do que o esperado. Somando-se à incerteza está a repressão regulatória da China, incluindo a Evergrande e outras incorporadoras imobiliárias. Bem como, o comportamento monopolista das gigantes da tecnologia.

Apesar de todas as projeções pessimistas, o crescimento efetivo das exportações continua sendo um ponto otimista. O desenvolvimento econômico da China e a taxa de expansão ainda estão a ponto de exceder a previsão de crescimento global do Fundo Monetário Internacional (FMI) de cerca de 5,8%.

Segundo analistas, o país está aproveitando a oportunidade para fazer ajustes econômicos desagradáveis, porém importantes.

No entanto, a meta oficial do PIB de mais de 7% é bem menor do que os bancos de investimento esperam este ano.