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Preços do petróleo em alta novamente

 

Os preços do petróleo subiram na quarta-feira, recuperando o terreno perdido no início do dia devido a preocupações com a demanda de combustível e com a economia em geral antes da alta projetada da taxa do Federal Reserve (Fed) dos EUA.

Os contratos futuros de petróleo Brent para agosto subiram 46 centavos, ou 0,4%, para US$ 121,63 por barril às 06:42 GMT. Isso ocorreu depois de cair tão baixo quanto US$ 120,65 no início do dia após uma queda de 0,9% na terça-feira. Já o preço do petróleo US West Texas Intermediate em julho aumentou 41 centavos, ou 0,3%, para US$ 119,34 o barril após cair 1,7% no dia anterior, para uma mínima de US$ 118,22.

Enquanto isso, os traders de petróleo estão se preparando para um movimento dramático do Fed, devido ao aumento da inflação de 75 pontos-base, o maior aumento de taxa nos Estados Unidos em 28 anos.

Análise de especialistas 

Leona Liu, analista do DailyFX, explicou que um sinal agressivo do Fed (EUA) pode aumentar os temores de uma recessão mundial, diminuindo a demanda do mercado de energia. 

Dessa forma, os preços do petróleo podem ser especialmente fracos em relação ao dólar no curto prazo, caso o Fed anuncie um aumento de 75 pontos base esta noite. Além disso, um Fed agressivo pode empurrar os investidores para uma moeda de refúgio e punir ativos sensíveis ao risco, como o petróleo.

Do lado da demanda, a mais nova epidemia de COVID na China, vinculada a um bar em Pequim, despertou preocupações de uma nova rodada de bloqueios. Por outro lado, a economia do país mostrou sinais de recuperação em maio, após uma queda em abril, com o aumento inesperado da produção industrial. 

Ao mesmo tempo, em seu relatório mensal, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) manteve sua projeção de que o consumo global de petróleo atingirá níveis pré-pandemia em 2022.

Conforme Jeffrey Halley, analista de mercado sênior da OANDA, em geral, o cenário de oferta/demanda é restrito à oferta. Entretanto, acrescentou que não vê isso mudando a menos que a economia global desacelere drasticamente.

Além de tudo, a oferta apertada, agravada por um declínio nos embarques da Líbia em meio a uma turbulência política que afetou a produção e os portos, está sustentando os preços.




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