Preços do petróleo atingem alta de mais de dois meses
Enquanto traders aguardavam a decisão da União Europeia (UE) sobre proibir as importações de petróleo russo, os preços do petróleo subiram na segunda-feira e atingiram seu nível mais alto em mais de dois meses.
Assim, às 06:59 GMT, o contrato futuro de petróleo Brent para julho, que expira na terça-feira, subia 47 centavos, ou 0,4%, a US$ 119,90 por barril, após atingir uma alta de US$ 120,50 no início da sessão. Já o contrato Brent de agosto, mais ativo, aumentou 61 centavos, ou 0,5%, para US$ 116,17 o barril.
Logo, os contratos futuros de petróleo WTI nos Estados Unidos subiram 72 centavos, ou 0,6%, para US$ 115,79 o barril, dando continuidade aos fortes ganhos da semana anterior.
Além disso, na segunda e terça-feira, a UE se reunirá para debater o sexto conjunto de sanções contra a Rússia por sua invasão na Ucrânia, o qual Moscou chama de operação militar especial.
Ameaças ao petróleo russo
Autoridades indicaram que os países da UE não concordaram com um embargo ao petróleo russo no domingo. Portanto, as discussões sobre um compromisso para bloquear as exportações marítimas de petróleo russo, permitindo entregas por oleodutos, continuarão antes da cúpula dos líderes europeus na tarde de segunda-feira.
Contudo, no curto prazo, o grupo europeu terá dificuldade em diminuir sua dependência energética da Rússia. Assim, uma proibição instantânea é improvável e as demandas podem manter os preços do petróleo estáveis no curto prazo.
Entretanto, mais sanções ao petróleo russo apertariam o mercado, visto que já está sob estresse devido ao aumento da demanda por gasolina, diesel e combustível de aviação, antes da temporada de alta demanda de verão nos EUA e na Europa.
Logo, de acordo com traders, as grandes margens de refino para diesel e gasolina na Europa e nos Estados Unidos elevaram os preços de alguns tipos de petróleo bruto físico a novas máximas. Além disso, quando a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) se reunir na quinta-feira, devem rejeitar as propostas ocidentais para acelerar os aumentos em seus níveis de produção de petróleo, o que irá destacar o aperto do mercado.
Contudo, de acordo com seis fontes da OPEP+, eles vão aderir às suas intenções de adicionar 432.000 barris por dia em julho.
