Pedidos de demissão vs grande oferta de emprego nos EUA

No início do mês passado, as vagas de emprego nos EUA atingiram níveis recordes. Na quarta-feira, o Departamento do Trabalho informou que houve uma queda que reduziu o recorde, mas mesmo assim ele ainda permaneceu alto. 

Esse progresso provou que o mercado de trabalho conseguiu mudar a favor dos trabalhadores. Aproximadamente 11 milhões de vagas de emprego foram oferecidas pelos empregadores. Porém, esse valor está abaixo do recorde de julho e um pouco acima das 10,7 milhões de vagas ofertadas em novembro. Durante quatro meses consecutivos, as vagas de emprego chegaram a 10 milhões.

Vale ressaltar, que o número de pedidos de demissões passou de 4,3 milhões para 4,5 milhões, o que significa que cerca de 2,9% dos trabalhadores abandonaram seus empregos na esperança de ocupar outro cargo. Antes da pandemia, as desistências eram de aproximadamente 3,6 milhões.

Em outubro, havia 7,5 milhões de americanos desempregados, isso quer dizer que cada pessoa desempregada tinha em mãos mais de uma oportunidade de trabalho. Esse foi um registro histórico que remonta a duas décadas.

Entretanto, houve uma queda de 6,5 milhões no número de contratações. Tal declínio demonstra que os empregadores ainda tentam preencher um grande número de vagas.

Estatística

As vagas de emprego nos diversos setores aumentaram. Abaixo, mostraremos alguns exemplos.

• Lazer e hotelaria (principalmente em hotéis e restaurantes) – 252.000 para 1,9 milhões de vagas; 
• Indústria – 62.000 para 1 milhão de vagas; 
• Construção – 57.000 para 410.000 vagas; 
• Serviços de educação e saúde – 58.000 para 2 milhões de vagas; 
• Serviços profissionais e empresariais – 36.000 para 1,8 milhões de vagas.

A Pesquisa de Rotatividade de Mão de Obra e as Vagas de Emprego enfatizam que os trabalhadores possuem vagas disponíveis no mercado de trabalho. Muitos empregados estão desistindo de suas vagas para preencher outras. 

Home office

Por fim, segundo pesquisa realizada pela ZipRecruiter, em setembro, 55% dos trabalhadores afirmaram preferir trabalhar em casa. Julia Pollak, Economista-chefe da ZipRecruiter, observou que apenas cerca de 10% dos empregos oferecem essa opção de trabalho. Tudo isso deixa claro que o mercado de trabalho está mudando, e que muitos empregadores terão que se adaptar a esse novo momento.