Ouro continua queda e perdas acentuadas abaixo de US$ 1.800
O ouro começou a semana com perdas depois de cair abaixo de US$ 1.800 na sexta-feira. Na semana passada, acumulou queda de 1,3%, o que levou o metal a sofrer seu pior declínio desde março deste ano, com um colapso de 4,49%.
Até agora, na sessão de segunda-feira, o ouro já acumulou em torno de 0,25%, com o XAU/USD se movendo a US$ 1.782,73. Um vislumbre de esperança paira sobre os touros de ouro, dado que hoje é o último dia de novembro. Este mês houve ganhos consideráveis no mercado de ações e um forte voo nos ativos em ouro. Assim, pode surgir uma tomada de lucro que levante o ouro, pelo menos momentaneamente.
Nesse ambiente, analistas de todo o mundo começam a questionar a tendência de alta do ouro. Especialmente porque há uma ausência de possíveis estímulos fiscais nos Estados Unidos, como apontam pesquisadores e especialistas da TD Securities.
Segundo analistas, o preço do ouro nesse momento é totalmente inconsistente com o que está acontecendo em outros mercados. E isso indica que é impulsionado fortemente por mudanças de posição. É provável que os preços do ouro tenham passado um limite que representava essencialmente a dor máxima que alguns participantes do mercado poderiam suportar.
Sem estímulos ainda à vista, a grande questão para o ouro é se o mercado pode contar com o Fed para fazer mais em dezembro. Mais especificamente, na mudança da maturidade média ponderada esperada em algumas partes do mercado. Esse foi o tema central da ata do Fed e provavelmente será o tema central da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) em meados de dezembro. Em última análise, é isso que determinará se os preços do ouro retomarão ou não sua trajetória ascendente em um futuro próximo.
Próximo suporte está localizado em US$ 1.750
Como já foi mencionado, o ouro caiu de forma instável. Além disso, já passou por dois níveis críticos para o viés de alta do metal.
Em 23 de novembro, o XAU/USD caiu abaixo de US$ 1.846,55, suporte que estava operando desde meados de julho. Da mesma forma, em 27 de novembro, o metal quebrou mais baixo em US$ 1.800, um nível que tinha sido testado ao longo da semana anterior.
Nesse ambiente, o XAU/USD caiu para US$ 1.774,40 na última sexta-feira, seu nível mais baixo desde 7 de julho deste ano.
De acordo com analistas, o próximo suporte está localizado em US$ 1.750. Parece que será questão de tempo para testá-lo, visto que os indicadores são fortemente baixos e o metal quebrou abaixo da média móvel de 200 dias na semana passada.
