O aumento das ações e queda da Netflix

 

As ações subiram na quarta-feira, no entanto, o lucro foi compensado pela questão de quanto aumentará o rendimento dos títulos reais. 

O índice STOXX 600 de empresas europeias aumentou 0,4%, totalizando 458,17 pontos. Assim como, o MSCI, índice de ações de todos os países que foi 0,2% mais forte. No entanto, os investidores ficaram de olho nos títulos protegidos pela inflação do tesouro de 10 anos, cuja receita caiu para um nível prejudicial pela primeira vez desde março de 2020 na terça-feira.

Os futuros da Nasdaq caíram 0,6% e os futuros do S&P 500 caíram para 0,3%.

Um aumento na renda real cria um novo vento reverso para ativos de risco, como ações, especialmente as grandes empresas de tecnologia que anunciam receita na próxima semana.

Netflix

Investidores vasculharam a receita frustrada da Netflix, as ações da empresa afundaram na noite de terça-feira após a notícia de que a empresa estava perdendo assinantes. 

Inflação

Além disso, a maior questão com a qual os mercados estão lutando é se a inflação está no pico. Se a inflação atingiu o pico, pode ser um excelente momento para recomprar os títulos, razão pela qual se espera incerteza quanto à direção futura das ações.

Dólar

Já o dólar subiu para um novo pico de duas décadas em relação ao iene. No entanto, o iene também subiu quando o Banco do Japão voltou ao mercado para defender sua política de taxas de juros ultrabaixas. 

Os dados do Fundo Monetário Internacional começam nesta semana sobre o quanto a guerra de dois meses na Ucrânia prejudica a economia global. O Federal Reserve dos EUA deve publicar seu “Livro Bege” sobre as condições econômicas do final de fevereiro ao início de quarta-feira. 

Já os analistas estimam que a atividade econômica deve recuar levemente para um ritmo moderado. Além disso, os preços ao produtor alemão na Europa atingiram recordes em meio à guerra na Ucrânia.

Ações asiáticas

O índice de ações da Ásia-Pacífico mais amplo da MSCI fora do Japão subiu 0,3%, sua primeira sessão positiva em uma semana. Já o Nikkei do Japão subiu 0,8%, e outros mercados da região seguiram os ganhos de terça-feira em Wall Street, onde os três principais benchmarks tiveram os melhores dias em um mês, o que foi ajudado por várias vitórias fortes. 

O Nasdaq fechou em 2,2%. A China parou a tendência regional e a China Blue Chips caiu 1,5%. Desde então, o Banco Central manteve as taxas de empréstimo inalteradas. Embora promessas frequentes do governo tenham ajudado a desacelerar a economia, a pior explosão de COVID-19 em dois anos está ocorrendo agora.

Em contraste, esta decisão contribuiu para a recuperação do yuan chinês, depois da moeda atingir seu nível mais baixo desde o início das negociações em outubro. Entretanto, os investidores buscavam estímulos da China, mas o Banco Popular da China (PBOC) não o anunciou hoje. Já os mercados, pretendem interpretar isso negativamente devido à prorrogação até abril. Logo, isso significa que os piores meses para os dados econômicos são esperados.

Para mais, o rendimento do contrato de títulos governamentais de 10 anos da China caiu abaixo da receita do Tesouro dos EUA de 10 anos pela primeira vez desde 2010. A receita de 10 anos da China foi de cerca de 2,85% e a receita de referência de 10 anos do Tesouro subiu 3% na quarta-feira, no entanto, pouco mudou hoje. As diferenças de juros também são um fator para o Japão, logo, na quarta-feira, o Banco Central ofereceu a compra ilimitada de títulos do governo japonês de 10 anos a 0,25%, o terceiro passo após fevereiro para proteger seus benefícios.

Conclusão

Esse controle da curva de juros empurrou o iene em relação ao dólar para uma baixa de 20 anos. No entanto, o dólar caiu 0,2% em relação ao iene na quarta-feira. Já os preços do petróleo se recuperaram devido a fortes perdas na sessão anterior. Contudo, preocupações dominaram os cortes de oferta na Rússia e na Líbia. 

Por fim, os contratos futuros de petróleo Brent subiram 1,2%, chegando a US$ 108,55 por barril . O ouro à vista caiu 0,4% e atingiu seu ponto mais baixo na semana, impulsionado por rendimentos mais altos.