Motivos para Rússia bloquear o Instagram

 

A Roskomnadzor, agência reguladora de telecomunicações russa, decidiu restringir o acesso ao Instagram. Isso aconteceu após a empresa Meta Platforms, dona do instagram, permitir que usuários se manifestassem a favor da violência contra o presidente da Rússia e seus militares.

Na semana passada, as autoridades russas abriram um processo criminal contra a Meta. Além disso, se manifestaram em relação a empresa como uma organização extremista devido a mudança temporária em sua política de discurso de ódio.

Roskomnadzor disse que as limitações de acesso ao Instagram seriam definidas com base na ordem do Ministério Público.

Instagram e aspectos legais

Esse tipo de atitude já havia sido tomada pela Federação Russa, visto que no dia 4 de março a instituição bloqueou o acesso ao Facebook. O fato ocorreu após o Facebook impor limites aos meios de comunicação aliados ao governo.

Vale ressaltar que em novembro de 2021 o Instagram e Facebook tinham mais de 60 milhões de usuários no país.

A política temporária de discurso de ódio da Meta permite que usuários do Instagram e do Facebook na Rússia, Ucrânia e Polônia se posicionem contra os aliados de Vladimir Putin e do presidente bielorrusso Alexander Lukashenko.

A gigante da tecnologia disse que seria errado impedir que os ucranianos “expressassem sua resistência e fúria contra as forças militares invasoras”.

Além disso, a política permite o teor de violência contra soldados russos nesses três países e em vários outros da Europa Oriental. Usuários dos estados Bálticos e da Ásia ocidental também podem compartilhar informações contra soldados russos.

Apesar da decisão de Roskomnadzor, a população ainda tem interesse em utilizar as redes sociais mencionadas. Dessa forma, os cidadãos estão recorrendo a redes privadas virtuais para contornar os rígidos controles de internet do país após a invasão da Ucrânia.

Enquanto o país passou a bloquear serviços, uma lista crescente de empresas decidiu suspender as operações na Rússia, como a Netflix e a Apple.