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Segunda onda do coronavírus não irá prejudicar a recuperação econômica da Ásia, diz Morgan Stanley

Uma segunda onda do coronavírus não irá prejudicar a economia da Ásia durante a reabertura tanto quanto o primeiro surto, mesmo com a China e a Coreia do Sul registrando um aumento nos novos casos, diz Deyi Tan, diretor administrativo, economista da Morgan Stanley.

À medida que mais países continuam a afrouxar os bloqueios e as restrições ao redor do mundo, vários especialistas têm alertado que um novo aumento nas infecções poderá prejudicar a recuperação econômica e, portanto, a economia global.

Entretanto, Deyi Tan, mantém que uma segunda onda do coronavírus não será tão prejudicial como a primeira, uma vez que os formuladores de política conseguirão administrar e lidar melhor com a situação.

Desde o final de abril, quando algumas das economias asiáticas como Coreia do Sul, Hong Kong e Taiwan começaram a reabrir ao afrouxar as restrições de bloqueio, um aumento diário dos casos tem sido registrado. Mas de acordo com Tan, a tendência é “relativamente administrável” comparado com o que o mundo vivenciou no primeiro surto.

Tan acrescentou que embora os novos caso voltem inevitavelmente a subir em uma base diária, uma “queda dupla” quando a economia começa a se recuperar após um período de declínio e então entrar em crise novamente, é bem improvável.

“Portanto, neste momento, não esperamos que uma segunda onda, na realidade, para a economia global ou as economias asiáticas passem por um duplo mergulho”. Ela afirmou.

 

A Economia da China define o caminho para a recuperação econômica global

Uma vez que o centro original do surto foi na cidade de Wuhan, a China se tornou o primeiro e o país mais devastado, antes da propagação do vírus para outros países asiáticos e o resto do mundo.

Desde sua primeira abertura gradual em março, a China registrou seu primeiro caso de transmissão doméstica na semana passada, em mais de 50 dias. Na Coreia do Sul, um pico recente nos novos casos de infecção também foi registrado na capital de Seoul.

Um relatório recente de Morgan Stanley declarou que além do Japão, os países asiáticos, com a China na liderança, devem passar por uma recuperação mais rápida do que em outras regiões ao redor do mundo.

“Isso devido à resposta institucional mais efetiva nas economias como a China, Taiwan. Coreia e Hong Kong onde a COVID-19 foi controlada mais cedo e em alguns casos sem a necessidade de instaurar medidas de bloqueio.” Disse o relatório.

Em 2020, os economistas estimavam que a Ásia como um todo, excluindo o Japão, irá registrar um crescimento de 0,1%, que irá acelerar para 8,5% em 2021.

 

Morgan Stanley: Covid -19 dará início a um corte, porém mais profunda recessão  

Em outro relatório, a previsão de Morgan Stanley para as máximas e mínimas dos novos mercados altistas, afirmava que o estado severo da recessão global atual é devido ao fato de que foi causada pelas medidas de bloqueio do coronavírus.

“A recessão deverá ser mais profunda, mas também mais curta. Enquanto as condições para essa recessão já estavam em vigor em 2020, o gatilho foi inesperado e incomum, o que levou a características únicas.” O relatório declarou.

Enquanto isto, o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que o crescimento da Ásia Pacífico irá registrar um crescimento de zero porcento em 2020, seu pior desempenho em mais de 60 anos.

“O crescimento na Ásia deve ficar em zero porcento em 2020. Este é o pior desempenho no crescimento em quase 60 anos, incluindo o desempenho durante a crise financeira global (4,7%) e a crise financeira asiática (1,3%). Dito isto, a Ásia parece ainda bem melhor do que outras regiões em termos de atividade.”

Em maio, a organização mundial de saúde alertou os países sobre a reabertura muito precoce e que poderá causar o ressurgimento das infecções, declarando que o coronavírus pode se tornar outro “vírus endêmico” na comunidade como o HIV.

“Se você reabrir na presença de muita transmissão do vírus, então esta transmissão pode acelerar.” Disse Mike Ryan. “Se você conseguir obter o número de casos do dia-a-dia no nível mais baixo possível e retirar o máximo de vírus da comunidade quando abrir, tenderá a ter menos transmissões ou muito menos riscos.



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