EUA revelam repressão ao metano

Na terça-feira, como parte de uma estratégia mais abrangente para combater a mudança climática, o governo Biden revelará um plano. Ele quer reduzir as emissões de metano em todo o país, começando com poços de petróleo e gás, oleodutos e outras infraestruturas.

O anúncio do Plano de Redução de Emissões de Metano dos EUA busca recuperar a liderança global. Com o intuito de mostrar medidas tangíveis para reduzir as emissões no país. Biden estabeleceu uma meta de reduzir as emissões de gases de efeito estufa em mais da metade até 2030. Ele está tentando fazer com que uma legislação climática seja aprovada por um Congresso altamente dividido. Isso torna as políticas das agências federais ainda mais importantes.

Essa proposta é da Agência de Proteção ao Meio Ambiente (EPA, sigla em inglês). Ela irá regular as emissões de metano das operações de petróleo e gás pela primeira vez. Ambos são responsáveis ​​por um terço das emissões de metano. Ele é a segunda principal causa da mudança climática e foi um tópico na conferência de Glasgow. A redução de suas emissões pode impactar significativamente o curso do clima. Isso acontece por causa de seu forte potencial de retenção de calor e vida relativamente curta na atmosfera.

Petróleo e Gás

A proposta da EPA obrigará as empresas de petróleo e gás a monitorar periodicamente 300.000 de seus maiores poços e outras infraestruturas. O intuito é verificar os vazamentos de metano e repará-los.

Essa proposta impactará imediatamente a mudança climática. Ela irá melhorar a qualidade do ar em áreas de baixa renda, próximas às atividades de petróleo e gás.

Além disso, exigirá que os perfuradores de petróleo que criam gás natural como subproduto o vendam ou queimem em vez de liberá-lo na atmosfera. Para mais, visa melhorar os tanques de armazenamento, compressores e bombas pneumáticas para diminuir os vazamentos. No próximo ano, a EPA planeja emitir uma proposta de acompanhamento que dará corpo ao texto regulamentar. Ela pode ampliar a regra para abranger fontes adicionais de metano e flares de gás.

As medidas devem entrar em vigor em 2023. Ela irá reduzir as emissões de metano provenientes de atividades de petróleo e gás em 74% dos níveis de 2005 até 2035. Este valor é semelhante às emissões produzidas por todos os automóveis e voos nos Estados Unidos em 2019.

Segundo essa proposta, empresas com poços que liberam cerca de 3 toneladas de metano por ano, ou mais, devem monitorar vazamentos periodicamente. Grupos de negócios de petróleo e gás pressionaram a EPA para isentar os poços menores.

Corte no investimento de carvão

A China e as medidas do G20 estão tentando parar de apoiar novos projetos no exterior. Segundo a nova pesquisa divulgada na terça-feira, quase todo o financiamento internacional quer reduzir o investimento em energia movida a carvão.

Na véspera de uma nova rodada de negociações sobre o clima em Glasgow, os países do G20 prometeram interromper o financiamento internacional para todas as usinas elétricas movidas a carvão no domingo. Além disso, em setembro, uma promessa semelhante foi feita pelo presidente chinês, Xi Jinping, à Assembleia Geral das Nações Unidas.

Isso significa que 99% de todas as instituições financeiras de desenvolvimento devem reduzir o investimento em carvão e aumentar o apoio às energias renováveis.

O carvão já não consegue competir com as energias renováveis. Muitos analistas preveem que o setor acabará por consistir em bilhões de dólares em “ativos improdutivos”.