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Esforços diplomáticos para impedir queda nos preços do petróleo 

O conflito em curso entre Israel e Hamas causou enorme queda nos preços do petróleo, interrompendo momentaneamente sua trajetória ascendente. 

Em meio à turbulência, o petróleo Brent sofreu uma queda de mais de um dólar durante o pregão de segunda-feira, caindo abaixo de US$ 91 por barril. Este declínio ocorreu após uma alta de um mês em US$ 93,64, alcançada na sexta-feira anterior.

Ao mesmo tempo, o petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI) testemunhou uma queda, caindo para US$ 86,57 depois de ultrapassar a marca de US$ 90 por barril na sexta-feira.

Ações diplomáticas impactam os preços do petróleo

O pedido da administração Biden a Israel no domingo à noite, apelando ao adiamento de uma potencial invasão de Gaza para negociações de reféns e entrega de ajuda humanitária, está desempenhando um papel fundamental no alívio da pressão sobre os mercados internacionais de energia.

O conflito, que começou em 7 de Outubro, quando eclodiu a guerra entre Israel e o Hamas, interrompeu uma tendência de diminuição dos preços da energia que anteriormente tinha proporcionado otimismo em relação à inflação.

Apesar da trégua temporária, os investidores continuam apreensivos quanto a potenciais perturbações no fornecimento e desconfiam de múltiplos cenários que possam desencadear um aumento nos preços da energia.

As consequências econômicas de longo alcance de um conflito prolongado em Gaza são difíceis de prever. Os efeitos podem se estender para além do setor energético e afetar produtos essenciais como os alimentos.

Líderes da União Europeia estão tomando posição ao defender uma “pausa humanitária” no conflito para facilitar a entrega de ajuda ao povo de Gaza. Os representantes da França e dos Países Baixos estão programados para visitar Israel esta semana para apoiar esta iniciativa.

Impacto global e o papel da Venezuela

Em notícias não relacionadas, o presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou recentemente a suspensão das sanções à Venezuela, membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). Esta decisão ocorreu com um acordo governamental na Venezuela com a oposição. 

Embora isto possa aumentar o comércio de petróleo bruto no mercado global, o seu impacto na minimização dos riscos de abastecimento no Oriente Médio permanece incerto.

Transição para fontes de energia mais limpas

A projecção da Agência Internacional de Energia de um pico na procura de combustíveis fósseis até 2030 causou debate. Em setembro, quando a agência sugeriu pela primeira vez esta possibilidade, o cartel petrolífero OPEP manifestou preocupação, enfatizando a incerteza de tais previsões. A OPEP argumentou que estas previsões poderiam desencorajar países e empresas de lançar petróleo e perfurar gás. Consequentemente, a falta de redução prevista da procura poderá levar a um potencial “caos energético”.

Por outro lado, até 2030, prevê-se que o número de veículos eléctricos na estrada possa aumentar dez vezes em relação aos níveis atuais. Fontes de energia renováveis, incluindo energia solar, eólica e hidrelétrica, poderiam fornecer potencialmente 50% da eletricidade mundial, acima dos atuais 30%. 

Além disso, se espera que uma mudança para sistemas de aquecimento elétrico, como bombas de calor, supere o desempenho do gás tradicional e do petróleo comercial. Assim, os investimentos em parques eólicos offshore poderão ultrapassar os investimentos em centrais eléctricas a carvão e a gás.

Apesar da controvérsia, existe um consenso crescente de que a transição para fontes de energia mais limpas é imparável. Esta transformação deverá remodelar o panorama energético global, reduzindo a dependência dos combustíveis fósseis nos próximos anos.



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