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Economistas esperam mudanças devido a crise econômica russa 

 

A economia da Rússia encolherá fortemente este ano, enquanto a inflação aumenta e as sanções internacionais seguem em resposta à invasão na Ucrânia

A atividade manufatureira russa caiu em março no ritmo mais acentuado desde maio de 2020 nos estágios iniciais da pandemia do COVID-19. Além disso, a escassez de materiais e as interrupções no fornecimento atingiram duramente as fábricas.

O índice dos gerentes de compras do S&P Global (PMI) para a Rússia, divulgado na sexta-feira, caiu de 48,6 em fevereiro para 44,1 em março, um valor abaixo de 50 representando contração. Assim, economistas do Goldman Sachs informaram na sexta-feira que ocorreram quedas acentuadas, novos pedidos e novos componentes de pedidos de exportação.

Na quarta-feira, economistas da Capital Economics previram que as sanções ocidentais provavelmente levariam a Rússia a um encolhimento de 12% até 2022, enquanto a inflação pode exceder 23% ao ano. 

Contudo, o Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento (BERD) prevê uma contração de 10% na economia russa, a recessão mais profunda do país em quase 30 anos. Dessa forma o PIB cairá em 2023 e passará por um longo período de leve crescimento. 

Além disso, o Goldman Sachs também previu uma contração de 10%. Já o Instituto de Finanças Internacional espera uma redução mais prejudicial de 15% no PIB da Rússia em 2022 e mais 3% em 2023.

Economia da Rússia – O que esperar

O temor do calote da dívida soberana russa não se concretizou. O Kremlin conseguiu reembolsar os títulos mais recentes, apesar das sanções das potências ocidentais, que congelaram uma parte considerável dos US$ 640 bilhões em reservas do Banco Central em moeda estrangeira.

Assim, as ações russas subiram,  mesmo após um mês de paralisação das bolsas de valores de Moscou, as quais reabriram no dia 24 de março. No entanto, as medidas de controle de capital feitas pelo Banco Central da Rússia são parcialmente responsáveis pelo risco de inadimplência da dívida.

Contudo, os economistas estimam que uma recuperação mais sustentável provavelmente requer um acordo de paz ainda muito distante. Enquanto isso, a propagação da guerra é enorme na Europa Central e Oriental. Sendo assim, é esperado que a batalha reduza o crescimento da Europa Central Oriental (CEE, sigla em inglês) em 1,0 – 1,5% este ano.

As previsões para a Rússia também podem ofuscar após alegações de massacres de civis por forças russas em Bucha e outras cidades ucranianas. A crueldade pode minar a expectativa de negociações de paz e aumentar a ameaça de sanções internacionais mais punitivas.

Conclusão

A União Europeia planeja impor novas sanções contra Moscou em meio a recentes atrocidades. Logo, o presidente do Conselho da Europa, Charles Michel, anunciou no Twitter que mais sanções e apoio da UE estão a caminho. Assim, a secretária de Relações Exteriores britânica, Liz Truss, viajará para a Polônia na segunda-feira para se reunir com seus colegas ucranianos e poloneses antes das negociações com os aliados do G-7 e da Otan no final desta semana.

Apesar de uma queda acentuada nos índices de Gerentes de Compras (PMIs, sigla em inglês) de março da Rússia, o Goldman Sachs disse na sexta-feira que a atividade foi surpreendentemente forte em algumas economias da CEEMEA (Europa Central, Leste Europeu, Oriente Médio e África). Além disso, ganhos na Hungria e na África do Sul são compensados ​​por quedas na Polônia e na República Tcheca.

 

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