Guerra na Ucrânia reflete nas negociações internacionais
Qualquer conflito militar é um sério desafio para pequenas e grandes empresas. O valor da atividade global de fusões e aquisições (M&A, sigla em inglês) sofreu um impacto de 29% no primeiro trimestre do ano. Isso aconteceu à medida que a volatilidade do mercado desencadeada pela invasão na Ucrânia freou o formidável ritmo de negociações de 2021.
Com isso, os volumes gerais de negócios caíram para US$ 1,01 trilhão, de US$ 1,43 trilhão no primeiro trimestre do ano passado, arrastados por um declínio semelhante de 29% nas transações internacionais. Assim, as tensões geopolíticas forçaram muitas empresas a fazer uma pausa e adiar sua busca por aquisições estratégicas maiores.
A América do Norte foi responsável por mais da metade da atividade de negócios no primeiro trimestre, apesar do fato de que os volumes caíram 28%. Enquanto isso, a atividade da Ásia-Pacífico caiu 33%, para US$ 184,2 milhões e os volumes europeus caíram 25%, para US$ 227,67 bilhões.
Dessa forma, a atividade do primeiro trimestre sofreu comparações altíssimas com os volumes recordes do ano passado, difíceis de replicar, segundo os negociadores.
Reflexos da guerra na Ucrânia
Como dito acima, a guerra na Ucrânia influenciou o clima de negócios. No entanto, o primeiro trimestre do ano ainda foi bastante interessante.
Os principais negócios no primeiro trimestre incluíram a aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft por US$ 75 bilhões.
Contudo, segundo os negociadores, a volatilidade do mercado de ações tornou mais difícil para as maiores empresas enfrentarem seus rivais. Apesar dos desafios, o ambiente geral para aquisições permanece robusto.
O número de transações no valor de mais de US$ 10 bilhões subiu de 12 para 13 nos primeiros três meses do ano passado, sinalizando que empresas e firmas de capital privado não hesitaram em buscar negócios maiores.
Vale ressaltar que o setor de tecnologia desempenhou um papel importante ao longo dos anos. Além disso, os negócios no setor de tecnologia continuaram a liderar também no primeiro trimestre.
O setor imobiliário foi um dos poucos setores em que os negócios aumentaram significativamente, com volumes de até 47%.
Pelo contrário, a atividade de saúde, que normalmente responde por grande parte dos negócios, caiu mais da metade no trimestre. A situação mudou à medida que as grandes empresas farmacêuticas adotaram uma abordagem mais cautelosa devido à volatilidade do mercado causada pela guerra na Ucrânia e outros riscos geopolíticos.
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