Covid se intensifica na China e preços do petróleo sofrem
As notícias sobre o Covid ficaram em segundo plano devido aos recentes eventos globais, mas isso não significa que a pandemia acabou. Xangai vive um novo surto do vírus, ameaçando uma disseminação em massa. Entretanto, o ponto particularmente perigoso sobre o aumento da infecção é que a maioria dos infectados parece ser assintomático. Isso significa que a situação pode ser ainda pior.
Devido a isso, por precaução, Xangai decidiu decretar um bloqueio em duas etapas. Logo, durante o bloqueio, a cidade fará testes de Covid abrangentes para estimar o grau de preocupação. E para reduzir a duração do bloqueio, o governo decidiu dividir a cidade em duas áreas, uma será a leste do rio Huangpu e a outra a oeste.
A zona leste será a primeira a ficar em quarentena, com o lockdown de 28 de março a 1º de abril. Depois disso, o plano é testar a zona oeste entre 1º e 5 de abril.
Durante o bloqueio, as fábricas interromperão a produção ou farão qualquer trabalho que puderem de forma remota. Naturalmente, isso exclui serviços públicos cruciais e fabricantes de alimentos. Já os veículos não verificados, incluindo serviços de compartilhamento de caronas e transporte público, serão banidos das ruas. Esse novo esforço de teste é resultado do ressurgimento do Covid há um mês, e também do pânico que a possível intensificação do vírus e o travamento das produções trouxeram e como refletem nos mercados do mundo todo.
Como estão os mercados globais?
Dado que a China é o maior importador de petróleo do mundo, é bastante compreensível que o brent tenha reagido imediatamente. Ele perdeu US$ 4,35, caindo para US$ 116,33, o que representa cerca de 4%. O petróleo dos EUA teve um giro quase idêntico, perdendo US$ 4,5 e terminando em US$ 109,38.
Além disso, o ouro também apresentou uma queda modesta, equivalente a cerca de 1,13%.
Outro título em declínio foi, sem surpresa, o principal índice da China, o CSI 300. Sendo assim, caiu 0,6%, o que embora significativo, não é um declínio maciço.
Ou seja, em meio às notícias do Covid, o Japão parece estar tendo sua própria luta separada. O iene, uma das principais moedas do mundo, caiu 1,5% em um único dia. Espelhando isso, o Nikkei 225 também caiu 0,7%, pior do que o índice chinês afetado pelo bloqueio. Contudo, essa queda diária não deve preocupar muito os investidores, pois o desempenho mensal do Nikkei tem sido estelar.
Já os rendimentos do Tesouro dos EUA de dez anos subiram acima de 2,5% nas novas previsões do FED. Assim, a partir de agora, os rendimentos estão em 2,75% e devem subir novamente no futuro. Para mais, alguns analistas esperam números de até 3,75% em 2023.
Surpreendentemente, Wall Street não se incomodou com as notícias, com um dia bastante normal. Embora tenha havido alguma flutuação no valor do índice, a maioria permaneceu relativamente estável, marcando um dia sem intercorrências.
No entanto, a Europa parece ser mais resiliente a todas as notícias que acontecem ao seu redor. Enquanto isso, a Ásia parece pronta para uma queda e os EUA permanecem impassíveis, o índice Stoxx registrou um crescimento significativo. O compêndio de ações europeu conseguiu saltar 1,16% e está a caminho de se recuperar de sua queda no início de março.
