China pressiona EUA a cortar custos – envolvimento bilateral

No sábado, a China decidiu pressionar os Estados Unidos para retirar as acusações em um teste de envolvimento bilateral entre elas.

Katherine Tai, representante de Comércio dos EUA (USTR, sigla em inglês), e Liu He, vice-premiê da China, tiveram uma conversa virtual. O evento ocorreu perante ao anúncio de Tai, quando ela buscou conversas com representantes do país.

Após as negociações, na sexta-feira, a agência de notícias estatal chinesa Xinhua disse que o lado chinês negociou o cancelamento de sanções e acusações. 

Tal agência também esclareceu sua posição sobre as políticas industriais e o modelo de crescimento econômico do país.

Um funcionário do USTR disse que Tai planejava usar a segunda chamada para testar se o compromisso bilateral poderia abordar as objeções dos EUA sobre as práticas de comércio e subsídios da China. 

O USTR disse em um comunicado que Tai e Liu concordaram que ambos devem sempre conversar sobre questões pendentes específicas. Eles revisaram a implementação do Acordo Econômico e Comercial entre os EUA e a China.

A Xinhua afirmou que ambas as partes concordam em continuar a se comunicar com respeito, ao mesmo tempo que criam condições para a melhoria das relações econômicas e comerciais entre os dois países. 

Durante a conversa, a recuperação da economia mundial também foi pauta.

ABORDAGEM AUTORITÁRIA

Em um briefing após a ligação, uma autoridade sênior do USTR falou sobre os planos de Tai, já que ela pretendia dar a Liu uma avaliação do desempenho do país na concretização do acordo da Fase 1.

Na sexta-feira, em uma entrevista, Qin Gang, embaixador da China nos Estados Unidos, disse à TV chinesa Phoenix que Pequim manteria suas promessas. 

Ele disse que Tai levantaria preocupações sobre as práticas econômicas não mercantis da China. Gang acrescentou que Washington se concentrará na diversificação dos mercados e, ao mesmo tempo, na melhoria da competitividade dos EUA.