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Alemanha pretende acabar com dependência de petróleo russo

 

A Europa costuma importar petróleo e gás da Federação Russa, entretanto, essa dependência deve reduzir ou até mesmo acabar em breve. Vale salientar que a guerra na Ucrânia foi fator chave para a decisão por parte da Europa.  

Desde o início do conflito iniciado pela Rússia, inúmeras sanções já foram aplicadas ao país liderado por Vladimir Putin. Na semana passada, a União Europeia anunciou um quinto pacote de sanções contra a Rússia, e continua planejando outras medidas punitivas contra o país. Além de restringir o transporte marítimo, o plano inclui a proibição das importações de carvão russo a partir de agosto. 

De acordo com a Associação Alemã de Importadores de Carvão, em 2021 a Alemanha importou 41,1 milhões de toneladas da commodity. 

Cerca da metade do carvão da Alemanha que é usado para aquecimento e três quartos do carvão a vapor usado para produção de energia é importado da Rússia. No ano passado, a maior economia da Europa pagou à Rússia pelas exportações cerca de 2,2 bilhões de euros (US$ 2,4 bilhões). No geral, a Europa compra anualmente cerca de 8 bilhões de euros (US$ 8 bilhões) em carvão da Federação Russa.

O governo da Alemanha confirmou sua disposição em acabar com a dependência da energia russa. Entretanto, o ministério federal da economia informou que o processo pode demorar um pouco, e a previsão é que ocorra até o outono. 

Petróleo russo e Índia 

Apesar da Alemanha está trabalhando duro para se adaptar à nova realidade, a Índia não está pronta para mudar sua posição em relação à Rússia e seu petróleo. 

Na segunda-feira, o presidente dos EUA, Joe Biden, disse ao primeiro-ministro indiano Narendra Modi que comprar mais petróleo da Rússia não era interessante para a Índia e poderia complicar a resposta dos EUA à guerra na Ucrânia.

De outro lado, o ministro das Relações Exteriores da Índia, Subrahmanyam Jaishankar, expressou sua opinião na segunda-feira. Em uma entrevista coletiva ele respondeu a uma pergunta sobre as compras de energia da Rússia para o país, dizendo que o foco do ocidente deveria estar na Europa e não na Índia. 

A Índia tentou equilibrar seus laços com a Rússia e o Ocidente. No entanto, ao contrário de outros membros dos países Quad, não impôs sanções à Rússia. 

Vale ressaltar que a Índia, atraída por grandes descontos após sanções ocidentais a empresas russas, comprou pelo menos 13 milhões de barris de petróleo bruto russo em menos de dois meses. Se comparado ao ano passado, o país comprou 16 milhões de barris durante o ano passado todo. 

Importações de petróleo bruto da China em março 

A China é o maior importador de petróleo bruto do mundo. Em março, o país trouxe 10,88 milhões de barris por dia, acima de uma baixa de quatro meses de 9,51 milhões de barris por dia em fevereiro.

O salto em março pode ser atribuído em grande parte ao aumento da demanda das refinarias, uma vez que as restrições à poluição foram levantadas após os Jogos Olímpicos de Inverno em Pequim e a demanda por combustível aumentou após os feriados do Ano Novo Lunar. 

No entanto, a situação na China é bastante complicada. Há uma série de pontos de interrogação sobre a força da demanda de combustível, e o maior problema atual a se conciderar é a pandemia de Covid-19 no país. Logo, as autoridades das principais cidades estão tentando limitar a propagação do vírus. 

Assim, uma forma de melhorar a situação seria exportar produtos refinados para absorver parte do excesso de combustível para as necessidades domésticas. Vale destacar que o país reduziu as cotas de exportação em seu primeiro lote para 2022, diminuindo em 56% para 13 milhões de toneladas, como parte dos esforços para reduzir a poluição e garantir o abastecimento interno. 

Outro fator seria que os preços da gasolina no varejo estão em seus níveis mais altos em muito tempo, desencorajando ainda mais os motoristas a viajar devido à pandemia, mesmo em cidades que não estão em situação de lockdown.  

 



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