Alemanha aprova vacina de Covid-19 AstraZeneca para idosos

Os cientistas mais brilhantes do mundo estão trabalhando incansavelmente para desenvolver a vacina de Covid-19. O vírus já tirou 2.573.247 vidas, forçou-nos a confinamentos e uma série de restrições, mudando drasticamente nossa forma de viver. Combater o coronavírus tornou-se prioridade mundial, assim, vários países estão trabalhando juntos ou de modo independente para criar vacinas efetivas e seguras. O processo de teste de uma nova vacina costuma levar anos, mas, por conta da gravidade da situação e da quantidade de vidas em jogo, não temos esse luxo.

A Agência Europeia de Medicamentos aprovou tanto a vacina da Pfizer quanto da Moderna, mas ainda existem outras que também podem ser eficazes, entre elas está a vacina Oxford-AstraZeneca. Inicialmente, a Alemanha decidiu que apenas cidadãos com menos de 65 anos poderiam receber a injeção dessa vacina. O governo alegou que eles tinham dados insuficientes sobre seus efeitos em pessoas mais velhas.

Por conta dessa proibição inicial, as pessoas demonstraram ceticismo quanto a eficácia da vacina, e alguns alemães rejeitaram-na, deixando muitas doses inutilizadas. No entanto, parece que as autoridades mudaram sua posição recentemente. Na quarta-feira, a chanceler Angela Merkel anunciou que estudos recentes haviam fornecido dados suficientes, pelo que a Alemanha já está permitindo que maiores de 65 anos recebam a vacina da AstraZeneca.

O que a pesquisa mostrou

Segundo diversos estudos, a vacina AstraZeneca é muito eficaz entre os idosos. Ela já foi aprovada pela França no início desta semana, e a Bélgica declarou que também planeja começar a utilizá-la para pessoas mais velhas.

O Reino Unido está usando a vacina em seu programa de imunização em massa desde dezembro, oferecendo a primeira dose para 20,7 milhões de pessoas, o que é quase um terço da população do país. De acordo com as autoridades de saúde britânicas, a vacina fornece altos níveis de proteção para pessoas de todas as idades.

Além disso, Merkel afirmou que a Alemanha seguiria o exemplo da Grã-Bretanha e esticaria o intervalo entre as doses de vacina. Dessa forma, eles podem oferecer a dose inicial ao maior número possível de pessoas.

Várias pesquisas mostram que as vacinas contra o coronavírus reduzem o risco de doenças graves em 80%. Até agora, ninguém que recebeu a vacina em testes ficou gravemente doente com Covid-19. Os médicos administram a vacina através de duas injeções no braço, sendo que a segunda dose deve ser feita entre quatro e 12 semanas após a primeira.