A recessão global devido ao coronavírus atingirá mais os países pobres

A pandemia de Covid-19 pode afetar mais o crescimento econômico dos países em desenvolvimento.

David Malpass, presidente do Banco Mundial, compartilhou essa preocupação na quarta-feira.

Em uma entrevista do Squawk on the Street, ele disse também que poderíamos avançar ainda mais no acesso à água potável, saneamento e eletricidade. Mas o maior desafio é que estamos recuando por causa da recessão global.

O surto de coronavírus continua a ter um impacto devastador na economia global, à medida que a doença continua a se espalhar.

Isso interrompeu a cadeia de suprimentos e dezenas de milhões de trabalhadores perderam seus empregos. Ou suas horas são reduzidas à medida que vários governos implementam restrições para minimizar as transmissões.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) disse que a pandemia fará com que o mundo sofra a pior recessão desde a Grande Depressão.

Na terça-feira, Malpass disse que a pandemia era um grande problema. Ele também acrescentou que a recessão mundial seria profunda e afetaria principalmente os países mais pobres.

Banco Mundial apoia países em desenvolvimento em resposta à Covid-19

Em abril, o Banco Mundial aprovou um programa de financiamento de US$ 1,9 bilhão para ajudar a apoiar os países em desenvolvimento em resposta à Covid-19.

Em março, o Banco Mundial também aprovou bilhões de dólares em auxílio para combater o coronavírus.

Malpass disse que os países populosos também precisam de apoio extra.

Por exemplo, o Banco Mundial aprovou um projeto de US$ 1 bilhão especificamente para a Índia. Nesta semana, a Índia estendeu seu bloqueio nacional para desacelerar a propagação da doença. A Índia confirmou mais de 11.000 casos.

Malpass também reiterou que o Banco Mundial estava preparado para gastar até US$ 160 bilhões nos próximos 15 meses para apoiar a reconstrução econômica.

A recuperação econômica nos países em desenvolvimento depende do que acontece nas principais economias como a Europa e os EUA.

Malpass disse que um forte crescimento no mundo desenvolvido é o que ajudaria mais os países em desenvolvimento.

Ele pediu aos bancos centrais globais que façam sua parte para garantir que as pequenas empresas enfrentem a tempestade.

O FMI, que faz parte do Banco Mundial, está tentando fazer o mesmo nos países em desenvolvimento.

A IFC está fornecendo linhas de crédito para capital de giro para manter as pequenas empresas abertas para que possam estar prontas para uma recuperação.