Sanções americanas causam queda em ações de Hong Kong 

As sanções americanas às empresas chinesas ocasionaram o declínio nas ações em Hong Kong pelo quarto dia consecutivo. Os atuais acontecimentos levaram a crise devido a preocupações de que os EUA estejam aumentando as sanções às empresas chinesas. A causa disso é o impedimento americano às empresas de biotecnologia. 

Durante o fechamento do pregão de quarta-feira, o Índice Hang Seng caiu 0,9% para 23.420,76. Esse fato alterou o lucro anterior para 0,5%. Já os Índices técnico e do Xangai Composto perderam 1,6% e 0,4%, respectivamente.

A WuXi Biologics, empresa que fornece plataformas de tecnologia integradas, teve queda de 19,2%, sendo negociada a $79,10. Vale ressaltar que esta foi a maior queda do dia. Além disso, a Sino Biopharmaceutical, companhia de produtos para medicamentos chinesa, diminuiu 5%. Já a Innovent Bio, empresa biofarmacêutica da China diminuiu 9,9%. 

A Tencent e Meituan declinaram 0,9% e 1,8%, respectivamente. Isso, por sua vez, aumentou a velocidade das perdas na tecnologia. Os lucros caíram depois que o Financial Times disse que o Departamento do Tesouro iria impor sanções a oito empresas de tecnologia e nuvem. 

Além disso, existe o reflexo das empresas responsáveis por abusos dos direitos humanos em Xinjiang. Dessa forma, novas medidas provavelmente aumentarão as tensões geopolíticas. Nenhum avanço foi observado até o momento, apesar dos esforços para a melhoria da relação entre EUA-China. A tensão entre ambos os países começou quando Donald Trump, ex-presidente dos EUA, iniciou uma guerra comercial com a China.

Ações das empresas chinesas

O relatório da Perspectiva para 2022 de Michaël Lok, diretor de investimentos, diz que a China precisa apresentar novos desafios. Para ele, o país está tentando transformar o modelo econômico. Ao mesmo tempo, os EUA estão se concentrando em conter a segunda maior economia do mundo. 

O Índice Hang Seng cresceu devido à especulação nas negociações anteriores. Além do mais, a China vai endurecer ainda mais a sua política de apoio ao crescimento econômico. A Country Garden, empresa de desenvolvimento imobiliário chinesa, subiu 1,2%. Ao mesmo tempo, sua divisão de serviços cresceu 1,9%. Já o Grupo Longfor, pertencente ao setor de investimentos imobiliários, ganhou 1,5%.

Os preços das novas moradias estão caindo pelo terceiro mês consecutivo nas 70 maiores cidades da China. Segundo o Bureau of Statistics, esse número declinou para 0,33% em novembro. Cabe frisar que esta foi a maior queda desde fevereiro de 2015. Para mais, as vendas no varejo aumentaram 3,9%. Esse crescimento não atingiu a previsão de 4,7% feita pelos economistas.

De acordo com pesquisadores do Finance 40 Forum, o PBC deveria diminuir as taxas de juros e impulsionar o investimento em infraestrutura para que a economia cresça pelo menos 5% no próximo ano. Quatro empresas começaram a negociar no continente. A BeiGene, companhia de biotecnologia da China, caiu 7,6%. Já a Mengtian Home Group, DR Corporation e Guangzhou Huayan Precision Machinery tiveram ganhos de 44%, 41% e 210%, respectivamente.

Empresas americanas e chinesas

Segundo as últimas informações, os EUA irão acrescentar oito empresas chinesas ao denylist. Entre elas está a DJI Technology Co Ltd, fabricante de aeronaves.

Enquanto isso, o Departamento de Comércio americano planeja na quinta-feira incluir mais de duas dúzias de empresas chinesas à sua lista de unidades que restringem suas exportações por empresas dos EUA. Durante o pregão da tarde, as ações chinesas tiveram um aumento em suas vendas devido ao relatório.

Os investidores americanos estão proibidos de negociar com empresas da  lista que conta com 60 instituições, atualmente. A SenseTime Group também foi removida da lista, por isso, ela adiou a sua Oferta Pública Inicial de $767 milhões em Hong Kong. Segundo o escritório, todas as denúncias a respeito dessa empresa são indevidas. 

Os grupos de direitos humanos e especialistas estimam que mais de um milhão de pessoas foram presas nos últimos anos em um grande sistema de campos no extremo oeste da China. Alguns parlamentos estrangeiros descreveram o tratamento dado aos uigures como genocídio. A China nega as acusações, dizendo que a taxa de crescimento dos uigures está acima da média.