Ações do Weibo abrem 6% mais baixas em Hong Kong

Na quarta-feira, as ações do Weibo, plataforma de mídia social chinesa, abriram 6% mais baixas em Hong Kong.

As ações passaram a ser negociadas de 272,81 dólares de Hong Kong ($34,97) para 256,21 ($32,86). Em um determinado momento, o valor caiu para 253,21 dólares de Hong Kong.

Essa é uma listagem secundária do Weibo, que arrecadou aproximadamente US$386 milhões. A principal listagem está na Nasdaq, nos EUA, onde as ações subiram 4,68% durante a noite.

Na semana passada, a listagem secundária do Weibo veio depois que a Didi, empresa chinesa dona do 99, anunciou que faria planos para se listar em Hong Kong. Isso ocorreu logo após a saída da empresa da Bolsa de Valores de Nova York.

Os reguladores chineses pareciam insatisfeitos com a decisão da Didi de ser listada nos EUA sem antes consertar os principais problemas de segurança cibernética. Segundo relatos, os reguladores disseram aos executivos da empresa para retirá-la da lista dos EUA por causa das preocupações com o vazamento de dados.

A companhia possui um grande volume de dados sobre rotas de viagens e clientes na China. A justificativa disso é porque a Didi é o maior aplicativo de caronas do país.

Repressão tecnológica da China

O ano passado foi turbulento para o setor de tecnologia da China. Os reguladores aumentaram sua inspeção sobre empresas de internet domésticas, enquanto Pequim tentou manter sua autossuficiência tecnológica.

Esta semana, o South China Morning Post realizou uma publicação. O jornal disse que o principal órgão de formulação de políticas na China decidiu deixar o antitruste de fora de suas metas econômicas para o próximo ano. Em vez disso, ele se concentrará no desenvolvimento tecnológico.

Segundo Qi Wang, CEO da MegaTrust Investment, a China continuará seus esforços a curto prazo para regulamentar as grandes empresas de Internet no país. Na quarta-feira, ele disse à CNBC que essa situação continuaria acontecendo nos próximos dois anos. Wang acrescentou que a pior repressão às grandes empresas de tecnologia pode acabar a curto prazo.