Rússia quer limitar a influência das gigantes da tecnologia
Mesmo antes da guerra com a Ucrânia, a Rússia estava tentando controlar a internet. As autoridades visavam limitar ao máximo a liberdade de expressão. Assim, à medida que sua guerra com a Ucrânia continua, a Rússia procura aumentar o controle sobre seu mercado doméstico.
Nos últimos anos, empresas como Google, Twitter e outras operaram em um ambiente desconfortável no país. Dessa forma, as gigantes da tecnologia enfrentaram grande pressão do governo russo para remover o conteúdo que o Kremlin considera desfavorável.
Embora a internet do país se tornasse progressivamente mais controlada, as pessoas ainda tinham acesso aos serviços globais além da mídia afiliada ao Estado.
No entanto, a guerra com a Ucrânia colocou essas empresas na mira mais uma vez, já que a Rússia pretende controlar as informações disseminadas em seu território.
Bloqueio russo de redes sociais
As autoridades russas bloquearam o Instagram após a empresa Meta permitir que usuários em alguns países se manifestassem de forma violenta contra o presidente e os militares russos. Seguindo esse contexto, o Facebook também sofreu um bloqueio por introduzir restrições aos meios de comunicação apoiados pelo governo. Além dessas duas redes sociais, o Twitter também foi fortemente restrito no país.
Esses casos assinalam uma questão importante, de que as gigantes da tecnologia precisam analisar suas presenças em mercados, como a Rússia, que impõem censuras na comunicação.
Como dito acima, as autoridades estão tentando limitar ao máximo a liberdade de expressão. No entanto, não será fácil limitar a internet. As restrições online ressuscitaram a discussão sobre uma “splinternet”. Atualmente, em nenhum lugar do mundo essa situação é mais clara do que na China. As pessoas não podem usar o Google, Meta e outras redes sociais sem redes privadas virtuais. No entanto, a Rússia está longe de criar algo próximo da capacidade técnica por trás das restrições da China.
À medida que as empresas americanas e europeias suspendem os negócios na Rússia, as empresas chinesas podem tirar proveito disso. Muitas empresas de tecnologia chinesas já operam na Rússia, e apesar desse cenário de guerra, permaneceram operando no país. Vale lembrar que o governo chines ainda não se posicionou como aliado da Rússia, mas também não aderiu às sanções impostas contra o país.
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