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Petróleo se recuperou de uma baixa de nove meses

Na terça-feira, o petróleo ganhou mais de 1%. Esse aumento ocorreu depois que ele atingiu uma baixa de nove meses no dia anterior, impulsionado por cortes de produção no Golfo do México dos Estados Unidos antes do furacão Ian e um pequeno enfraquecimento da moeda americana.

Dessa forma, analistas antecipam que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (OPEP+) deteria a queda de preços restringindo a oferta. Assim, em 5 de outubro, a OPEP+ se reunirá para definir a política. 

Enquanto isso, o petróleo Brent subiu US$ 1,11, ou 1,3%, para US$ 85,17 por barril. Já o WTI nos Estados Unidos subiu US$ 1,08, ou 1,4%, para US$ 77,79.

Vale notar que os preços do petróleo subiram no início de 2022 e em março, o Brent se aproximou de sua alta histórica em US$ 147. Esse aumento ocorreu devido à invasão na Ucrânia pela Rússia, exacerbando as preocupações com o fornecimento.

Ao mesmo tempo, as preocupações com uma recessão, a força do dólar e as altas taxas de juros pesaram no mercado desde então. No entanto, uma pausa na força do dólar norte-americano, que anteriormente havia atingido uma alta de 20 anos, forneceu alguma ajuda. 

Além disso, um dólar forte aumenta o custo do petróleo para compradores que usam outras moedas e pesa sobre os ativos de risco. Assim, a queda dos preços alimentou as expectativas de que a OPEP+ agirá. 

Por fim, o ministro do Petróleo do Iraque informou na segunda-feira que o grupo fica de olho nos preços e não quer que eles disparem ou despenquem. No entanto, apenas uma redução na produção da OPEP+ pode interromper o impulso descendente no curto prazo.

Preços globais do petróleo da APPEC podem ficar abaixo de US$ 100

De acordo com a Trafigura, os preços globais do petróleo podem permanecer abaixo de US$ 100 por barril pelo resto do ano. Isso ocorre devido aos aumentos das taxas do Banco Central que limitam o crédito e reduzem os investimentos em ativos de risco, como commodities. 

Dessa maneira, o petróleo Brent subiu para máximas de vários anos em aproximadamente US$ 139 por barril em março após a crise na Ucrânia. Porém, desde então caiu para cerca de US$ 85, impulsionado por um dólar forte, aumentos das taxas de juros e preocupações com uma recessão que pode deprimir a demanda por petróleo. 

Além disso, a previsão é que os preços continuem voláteis à medida que a liquidez do mercado se estreita e as sanções da União Europeia ao petróleo russo são iminentes.

Por outro lado, a economia chinesa não está tendo um desempenho tão ruim quanto muitos acreditam, e o consumo de petróleo da Europa é limitado pela falta de oferta e não pela destruição da demanda. Assim, se a China relaxar as limitações do COVID-19 e o Federal Reserve dos EUA pausar ou cortar as taxas de juros para estimular a economia, o consumo de petróleo poderá aumentar no próximo ano.

Com baixos estoques globais de petróleo e subinvestimento no setor de petróleo, esses motivos podem eventualmente enviar o Brent de volta para cima de US$ 100 por barril.

Por fim, em meio à queda dos preços, o mercado de petróleo também busca possíveis ajustes de oferta junto à Organização dos Países Exportadores de Petróleo.



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