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Petróleo bruto sobe: WTI US$ 82, Brent US$ 86

Resumo:

  • Os futuros do West Texas Intermediate (WTI) subiram para perto de US$ 82 o barril, com o petróleo Brent ultrapassando US$ 86.
  • A OPEP+ prolongou o corte de 2 milhões de barris por dia até ao final de junho, indicando uma provável redução nas reservas globais.
  • As tensões geopolíticas, o crescimento da procura na Ásia e o potencial para preços mais elevados impulsionaram a recuperação do petróleo bruto.

Os futuros do West Texas Intermediate subiram para perto de US$ 82 por barril, após uma queda modesta em dois dias, enquanto o petróleo Brent subiu acima de US$ 86. Só este ano, o índice de referência do petróleo bruto dos EUA subiu 14%, passando de um contango de baixa para uma estrutura retrógrada de alta. Esta dinâmica pode ser atribuída aos cortes estratégicos da OPEP+ de 2 milhões de barris por dia, agora prorrogados até ao final de junho, sustentando a redução das reservas globais.

Além disso, as tensões geopolíticas no Oriente Médio revigoraram ainda mais o mercado. O pano de fundo destes acontecimentos, juntamente com os picos de procura em potências asiáticas como a Índia, preparam o terreno para um mercado fortemente disputado. No entanto, o recente aumento das reservas de petróleo bruto e de gasolina nos EUA sugere um abrandamento da restritividade do mercado, compensado pela contínua expansão da oferta de petróleo não-OPEP+.

Navegando pela dinâmica de oferta e demanda

O compromisso da OPEP+ com as suas quotas de produção sinaliza uma manobra estratégica para sustentar o equilíbrio do mercado antes da sua iminente reunião de revisão. Apesar das crescentes pressões de oferta, a eficácia destas quotas permanece indiscutível entre os participantes, sem mudanças imediatas no horizonte. O delicado equilíbrio entre oferta e procura também foi influenciado pelas crescentes importações de petróleo da Ásia, prestes a atingir a máxima dos últimos 10 meses, impulsionadas principalmente pelo aumento das compras da China e da Índia à Rússia.

No entanto, a sustentabilidade desses níveis de importação permanece incerta num contexto de calendários de manutenção iminentes e de preços crescentes. Este equilíbrio precário sublinha o papel crítico dos cortes da OPEP+ na condução da dinâmica do mercado, justapostos num cenário de incertezas geopolíticas e previsões de procura variáveis.

Petróleo bruto em alta: demanda dos EUA e da China vs. cortes de fornecimento

O atual sentimento de alta no mercado petrolífero é impulsionado pela forte procura dos EUA e da China. Esta situação apresenta uma perspectiva complexa. Além disso, estrategistas de investimento, como Han Zhong Liang, do Standard Chartered Plc, estão otimistas quanto ao futuro econômico da China. Este otimismo é ainda maior devido aos cortes estratégicos de oferta da OPEP+.

Além disso, o petróleo Brent ultrapassou a marca dos 80 dólares desde o início de fevereiro. Consequentemente, há uma narrativa crescente de que os preços poderão subir ainda mais. Este aumento poderá até levar o Brent a atingir os três dígitos em setembro.

Esta previsão especulativa depende de vários fatores. Baseia-se na interação entre os cortes de produção da Rússia e a eficácia das contramedidas para equilibrar o mercado. À medida que a principal região importadora de petróleo se prepara para taxas de chegada mais elevadas, surge uma questão crítica. Será que o mercado conseguirá manter a sua dinâmica?

A trajetória do mercado petrolífero neste trimestre conta uma história de cortes estratégicos na oferta, agitação geopolítica e forte procura. Esta história pinta um quadro complexo do futuro. À medida que navegamos nestas condições desafiantes, a interação destes fatores influenciará, sem dúvida, a direção do mercado e apresentará desafios e oportunidades para a economia global.



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