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Petróleo Brent cai para US$ 83,35, WTI para US$ 78,59 

  • Os futuros do petróleo Brent caíram 0,36%, para US$ 83,35 o barril, enquanto o WTI caiu para US$ 78,59.
  • Os estoques de petróleo bruto dos EUA tiveram um aumento significativo de 8,43 milhões de barris.
  • A OPEP+ considera alargar os seus cortes na produção, afetando potencialmente os mercados petrolíferos globais.

Os preços do petróleo registaram uma desaceleração na Ásia na quarta-feira, influenciados por vários fatores-chave que deixaram os investidores e observadores do mercado em alerta. Inicialmente, o mercado recebeu um impulso com a antecipação de cortes prolongados na produção por parte da OPEP+. Contudo, este dinamismo durou pouco, uma vez que a perspectiva de um atraso no ciclo de redução das taxas nos EUA, juntamente com um aumento surpreendente nas existências de petróleo bruto nos EUA, aplicou uma pressão descendente sobre os preços.

Os comentários da Governadora do Federal Reserve (Fed), Michelle Bowman, aumentaram o sentimento cauteloso do mercado. Bowman indicou relutância em cortar as taxas de juro dos EUA no curto prazo, especialmente dados os riscos potenciais para a inflação. Esta posição sugere uma abordagem mais conservadora da política monetária, o que poderá ter implicações abrangentes para os mercados de matérias-primas, incluindo o petróleo.

Estoques de petróleo bruto sobem 8,43 milhões, gasolina cai 3,27 milhões

O recente relatório do American Petroleum Institute, revelando um aumento substancial nos estoques de petróleo bruto dos EUA em 8,43 milhões de barris na semana que terminou a 23 de fevereiro, contrasta fortemente com o otimismo anterior do mercado. Além disso, os estoques de gasolina caíram 3,27 milhões de barris e os estoques de destilados diminuíram ligeiramente em 523 mil barris. Estas alterações de existências refletem ajustamentos em curso no mercado, complicando ainda mais as perspectivas para os preços do petróleo.

Apesar destas pressões, o mercado tinha subido no dia anterior, impulsionado por relatos de que a OPEP+, liderada pela Rússia e outros aliados, poderia prolongar os seus cortes voluntários na produção para o segundo trimestre. Esta potencial prorrogação, vista como “provável” por algumas fontes da OPEP+, com discussões sobre o prolongamento dos cortes até ao final de 2024, sublinha a complexa interação da dinâmica da oferta que influencia os preços globais do petróleo.

Consumo recorde da China atinge 16,03 milhões de bpd

O cenário da procura global de petróleo está a sofrer mudanças significativas. A Índia deverá ultrapassar a posição da China como principal motor da procura até 2030. Esta mudança deve-se, em parte, ao consumo recorde de petróleo da China no ano passado, que atingiu uma máxima histórica de 16,03 milhões de barris por dia. Este aumento foi alimentado pelas importações estratégicas de petróleo barato do país durante as quedas de preços. Houve também uma recuperação nas viagens domésticas após as restrições da COVID.

À medida que o mercado enfrenta estes desafios, as decisões da OPEP+ sobre cortes na produção são cruciais. Estas decisões devem moldar a trajetória futura dos preços do petróleo. Com a flutuação dos estoques nos EUA e a mudança nos padrões da procura global, as partes interessadas estão a observar atentamente e monitorar estes desenvolvimentos para avaliar o seu impacto no setor energético.



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