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OPEP+ pretende reduzir a produção de petróleo

A aliança de petróleo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) está considerando uma queda significativa na produção para sustentar a queda dos preços. Enquanto isso, o grupo se prepara para se reunir pessoalmente pela primeira vez desde março de 2020.

Dessa forma, na reunião de quarta-feira, o grupo petrolífero, presidido pela Arábia Saudita e pela Rússia, deve considerar um corte de produção de mais de 1 milhão de barris por dia. Vale salientar que este é o maior corte desde o início da pandemia e representa mais de 1% do abastecimento mundial.

Além disso, a decisão ameaça aumentar os preços do petróleo quando grande parte do mundo está trabalhando para reduzir os custos de energia. Devido a isso, pode ocorrer uma ruptura com os Estados Unidos, onde o presidente Joe Biden vem trabalhando para reduzir os preços dos combustíveis para os motoristas antes das eleições de meio de mandato no próximo mês.

Ao mesmo tempo, a Rússia também deve favorecer um corte, devido a uma queda nos lucros do petróleo nos últimos meses, com os compradores exigindo descontos substanciais em seus suprimentos de petróleo após a invasão completa na Ucrânia.

Com esse cenário, a OPEP+ afirmou neste fim de semana que a reunião mensal que realiza desde o início da pandemia passaria de online para um evento completo na sede do grupo em Viena.

Enquanto isso, o petróleo Brent, referência internacional, caiu de mais de US$ 120 por barril no início de junho para cerca de US$ 85 por barril hoje.

Para mais, a parceria petrolífera da Arábia Saudita com a Rússia, que trouxe Moscou para o grupo maior da OPEP em 2016, entrou em conflito com as conexões de longa data de Riad com os EUA.

Depois dos EUA, a Arábia Saudita e a Rússia são o segundo e o terceiro maiores produtores de petróleo do mundo. No entanto, eles dependem muito mais dos ganhos com energia para gastos do governo do que a maior economia do mundo.

O G7 debate como impor um teto de preço do petróleo russo

No início de setembro, os principais aliados dos EUA apoiaram um plano ousado e nunca antes tentado para limitar o acesso de Vladimir Putin, presidente russo, ao financiamento enquanto ele travava uma guerra contra a Ucrânia.

O conceito parecia bastante simples: os países pagariam apenas preços baixíssimos pelo petróleo russo.

No entanto, um mês depois, o Grupo dos Sete, que representa alguns dos países mais poderosos do mundo, ainda está descobrindo como realizar o plano. Pois é uma tarefa significativamente mais difícil do que parece à primeira vista e o prazo de 5 de dezembro para reunir os participantes está se aproximando rapidamente.

Enquanto isso, a guerra continua e a Rússia está mobilizando 300.000 soldados.

Ao mesmo tempo, os EUA e a Europa impuseram milhares de sanções financeiras e diplomáticas à Rússia, incluindo penalidades anunciadas recentemente. No entanto, autoridades do Tesouro dizem que um teto de preço do petróleo pode ser o golpe mais severo para a economia russa, prejudicando sua principal fonte de receita. 

Vale notar que os riscos desse novo tipo de guerra econômica sobre a oferta mundial de petróleo são enormes. Então, se falhar ou a Rússia retaliar suspendendo as exportações de petróleo, os custos globais de energia podem aumentar. 

Além disso, outro aumento nos preços dos combustíveis pode ter repercussões para os consumidores norte-americanos.



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