Oligarcas russos movem iates enquanto EUA congelam ativos

 

Os bilionários russos vinculados a Vladimir Putin, presidente russo, estão tensos e movimentando seus iates em meio às sanções.  

Os EUA e os seus aliados estão preparando novas sanções após a Rússia invadir a Ucrânia. Ao menos quatro iates pertencentes a líderes empresariais russos estão sendo transferidos para Montenegro e Maldivas. 

Desde então, os líderes mundiais anunciaram uma variedade de sanções nos últimos dias, inclusive visando o Tesouro dos EUA no Banco Central da Rússia. Segundo a Nomad Capitalist, empresa de consultoria offshore, as Maldivas não têm tratado de extradição com os EUA.

A intervenção em relação aos bens desses magnatas será mais uma medida de defesa americana. O governo de Joe Biden, presidente americano, anunciou recentemente a criação de uma equipe para direcionar os ativos, incluindo iates, palácios, bem como quaisquer outros lucros obtidos ilegalmente.

Além disso, a França está criando uma lista de ativos dos oligarcas russos, que inclui barcos e carros, que as sanções da União Europeia (UE) podem apreender. 

Alguns dos barcos mais ricos da Rússia estão se movendo para outros lugares na esperança de impedir uma apreensão. Vagit Alekperov, supostamente o presidente da Lukoil, com sede na Rússia, está indo para Montenegro em seu iate. Ele deverá chegar ao país nos próximos dias vindo de Barcelona.

Oligarcas russos e sanções

Cabe frisar que Montenegro é membro da OTAN, e o ministro das Relações Exteriores informou que o país, que se candidatou à adesão à UE em 2008, se juntaria ao bloco para impor sanções.

Pelo menos três outros iates russos estão se aproximando das Maldivas. Vale frisar que esse país tem sido importante para os turistas russos há anos. Abdullah Maasoum, ministro do Turismo das Maldivas, disse que a invasão russa afetaria significativamente o turismo.

O iate Clio, pertencente ao bilionário Oleg Deripaska, deixou o Sri Lanka há quase duas semanas e em breve chegará às Maldivas. Os EUA impuseram sanções a Deripaska e empresas relacionadas em 2018. Ele foi um dos poucos bilionários russos a se opor ao conflito na Ucrânia. Segundo Deripaska, as negociações devem começar o mais rápido possível.