O Reino Unido pode enfrentar uma inflação de 20%

De acordo com analistas da empresa de investimentos americana Goldman Sachs (NYSE: GS), a inflação na Grã-Bretanha pode chegar a um número alto de 20% no início do próximo ano. Isso deve ocorrer se os custos vertiginosos do gás não se estabilizarem. Além disso, também previram que uma recessão se seguiria logo após o aumento da taxa de inflação do país. 

Dessa forma, a partir de outubro, as contas de energia aumentarão em até 80%, para uma média de 3.549 libras ou US$ 4.188 por ano, de acordo com o regulador de energia britânico. Vale observar que o setor de energia alertou na semana passada que milhões de pessoas correm o risco de cair na pobreza de combustível se nenhuma ação for tomada para evitar a crise energética e a inflação. 

O que os especialistas prevêem para o Reino Unido?

O Goldman Sachs mencionou que, caso os preços do gás permaneçam muito altos, a previsão será que o teto de preço aumente cerca de 80% em janeiro. No entanto, isso é contra os 19% projetados em sua linha de base.

Dessa forma, isso sugere que a inflação global atingiria um pico de 22,4%, muito acima da nossa projeção de 14,8%. Assim, especialistas do Citi previram na semana passada que a inflação dos preços ao consumidor atingirá um pico em janeiro, com alta de 18,6%. Então, essa taxa seria mais de nove vezes o objetivo do Banco da Inglaterra (BoE, sigla em inglês). 

Além disso, segundo o Goldman, a economia cairia 0,6% no geral em 2023, o que é menos grave do que o declínio de 1,5% previsto no início deste mês pelo Banco da Inglaterra. Contudo, mais pessimista do que o aumento de 0,2% previsto pela maioria dos entrevistados em uma pesquisa da Reuters.

De acordo com o Goldman, o BoE deve aumentar as taxas de juros em 50 pontos base para a taxa de 2,25% no próximo mês. Além de tudo, o banco observou que havia riscos de alta em suas projeções para aumentos adicionais de 25 pontos-base nas sessões de política subsequentes.