Mercados de petróleo sobem em meio à crise na Líbia
NOTÍCIAS DE COMMODITY– Na segunda-feira, os preços do petróleo subiram na Ásia em meio à intensificação das tensões no Oriente Médio.
O Iraque interrompeu a produção em um campo de petróleo, enquanto o National Oil Corp da Líbia declarou força maior. Esta medida ocorreu depois que o Comandante Khalifa Haftar bloqueou as exportações de alguns portos.
Os contratos futuros de petróleo Brent ganharam 74 centavos ou 1,1% para operar em US$ 65,59. Eles chegaram mais cedo à US$ 66,00 por barril, que foi o mais alto em 09 de janeiro.
Os contratos futuros do West Texas Intermediate dos EUA estavam em alta de 58 centavos ou 1% para negociar US$ 59,12 por barril. Subiu anteriormente para US$ 59,73, que foi o nível mais alto desde 10 de janeiro.
De acordo com um analista, se as interrupções continuarem, o mercado de petróleo “está pronto para reagir com um tom de alta.”
O analista disse que isto destacava a dependência do mercado em uma região crítica com altos riscos geopolíticos. Ele acrescentou também que o mercado mundial está com superávit, com muito estoque.
De acordo com uma fonte do NOC, longos períodos de interrupção poderão significar que os tanques de armazenagem iriam encher em poucos dias. A produção iria então desacelerar para 72.000 barris por dia.
Durante o final de semanal, os líderes mundiais se reuniram em Berlim para negociar uma trégua na Líbia. A chanceler alemã, Angela Merkel, disse que uma tentativa de cessar-fogo em Tripoli poderia se tornar um cessar-fogo permanente.
Líderes mundiais se reúnem por guerra civil na Líbia
Em meio às notícias de commodities, o Secretário-Geral dos EUA, Antonio Guterres, disse que as principais potências estavam “totalmente comprometidas” com uma solução pacífica na Líbia.
Os líderes mundiais prometeram não intervir no conflito civil em curso da Líbia. Eles prometeram também manter um embargo de armas nas Nações Unidas.
Há tensões entre General Haftar e o Governo do Acordo Nacional apoiado pela ONU.
Entretanto, os dois lados não se encontraram na cúpula, mesmo estando os dois presentes. Merkel disse que as outras partes informaram e consultaram ambos os lados.
Entre os outros que participaram da reunião, estavam o presidente russo, Vladimir Putin, o presidente francês, Emmanuel Macron, o primeiro ministro do Reino Unido, Boris Johnson e o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.
A Líbia tem estado sob pressão desde o conflito de 2011, quando uma ação popular derrubou Muammar Kadafi, homem forte de longa data.
As Forças Armadas Nacionais libanesas do General Haftar controlam a maior parte do leste da Líbia. Em abril do ano passado, ele atacou o GNA rival do país em Tripoli.
De acordo com a ONU, o ataque matou centenas de pessoas e desabrigou também milhares. No início deste mês, o General Haftar e a CNA anunciaram uma trégua.
Entretanto, ambos os lados apontaram as falhas do acordo. Na semana passada, tentativas de um cessar-fogo foram iniciadas.
