Nixse
0

Inflação na zona do euro atinge nova máxima

 

A inflação na zona do euro atingiu um novo recorde no mês de maio. Dessa forma, deixa dúvidas se a crença do Banco Central Europeu (BCE) de que os aumentos graduais das taxas de juros a partir de julho irão desacelerar o crescimento dos preços altos.

Vale notar que a inflação nos 19 países membros da zona do euro subiu para 8,1% em maio. Assim, superando as estimativas de 7,7%. 

Os preços aumentaram dramaticamente em toda a Europa no ano passado. Isso ocorreu devido a problemas na cadeia de suprimentos após a pandemia. Dessa forma, indicando que uma nova era de rápidos aumentos de preços está acabando com tempos de inflação ultrabaixa.

A quem a inflação impacta? 

Embora a inflação global tenha subido quatro vezes o objetivo de 2% do Banco Central Europeu, as autoridades do BCE podem estar mais preocupadas com o rápido aumento dos preços subjacentes. Pois o que antes era um aumento transitório dos preços agora está sendo enraizado. 

Sendo assim, a inflação excluindo os custos com alimentos e energia, que o BCE monitora constantemente, aumentou para 4,4%, de 3,9% em abril. Enquanto uma medida mais restrita, excluindo álcool e tabaco, aumentou para 3,8%, de 3,5% em abril. 

Contudo, para conter a inflação, a presidente do BCE, Christine Lagarde, e o economista-chefe, Philip Lane, já indicaram que 25 pontos-base aumentarão a taxa de depósito de menos 0,5% do BCE em julho e setembro.

No entanto, vários funcionários e economistas temem que isso seja suficiente,  particularmente porque a inflação subjacente não mostra indícios de abrandar. Entretanto, a questão é, uma vez que os altos custos de energia entram no sistema, a inflação se espalha e se aprofunda. Logo, essa cadeia acabará se perpetuando por meio de uma espiral preço-salário. 

Contudo, a evidência para tal tendência ainda está faltando. Portanto, uma série de indicadores, que vão desde o aumento dos salários negociados até a expansão do núcleo da inflação, apontam para um perigo crescente. Como resultado, os presidentes dos Bancos Centrais da Áustria, Holanda e Letônia afirmaram que deveríamos considerar um aumento da taxa de 50 pontos base em julho.





você pode gostar também
Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.