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Inflação da China derruba as ações da Ásia

 

As ações asiáticas enfraqueceram, confirmando o que os investidores temiam como consequência ao aumento das taxas de juros e da inflação. 

Além disso, a situação chinesa do COVID-19 reforçou a tensão, especialmente para as empresas de tecnologia. Os números diários do COVID-19 são monitorados de perto pelos investidores. Na segunda-feira, Pequim anunciou 99 novas infecções do dia anterior, a taxa diária mais efetiva em um mês de propagação.

Dessa forma, o índice de ações da Ásia-Pacífico mais amplo da MSCI fora do Japão caiu 0,3% e os principais mercados da região são negociados no vermelho. 

Já os mercados dos EUA e da Europa parecem ter evitado o clima sombrio na Ásia. Logo, os futuros do Euro Stoxx 50 subiram 1,35%, os futuros DAX em 1,4%, os futuros do FTSE subiram 0,83%. Além disso, os futuros do S&P 500 saltaram 1,04%.

Entretanto, as ações australianas reverteram os ganhos iniciais e caíram 0,13%, e o índice de ações Nikkei reverteu a tendência regional, subindo 0,7%. 

O tom negativo ficou evidente quando o índice Hang Seng caiu 1,27%. Bem como, o índice CSI300 que caiu 0,7% e o índice de tecnologia Hang Seng, que desceu 2,2%. 

Vale notar que as vendas na Ásia são impulsionadas principalmente pelo sentimento global negativo. Assim, o setor de tecnologia da China deve permanecer volátil até uma maior clareza regulatória. Dessa forma, os mercados dos EUA não se estabilizarão.

Ações e inflação

O declínio nos mercados chineses veio após um final surpreendentemente forte na semana passada. 

Assim, de acordo com a bolsa de valores, na sexta-feira, houve entrada líquida de US$ 2,13 bilhões de investidores estrangeiros em ações no continente, a maior em 2022. 

Além disso, o índice do dólar em moeda estrangeira caiu 0,35%, até a marca de 102,63.

Já a receita de referência de 10 anos do Tesouro aumentou para 2,8207%. Visto que o rendimento de 2 anos está subindo em antecipação aos traders que esperam taxas mais altas dos Federal Reserve, logo, ficou em 2,6266%. 

De fato, as pressões inflacionárias permanecem para os investidores críticos, sendo que os números da inflação da Alemanha, divulgados na sexta-feira, mostraram um salto acima do esperado. Isso indica que os preços permanecerão elevados no curto prazo.

Enquanto isso, na Austrália, o Partido Trabalhista venceu as eleições gerais no fim de semana. Isso acabou com o governo de quase 10 anos de seus rivais conservadores. Assim, os trabalhistas prometem reformas climáticas, habitacionais e de bem-estar social aprimoradas. Contudo,  analistas não acreditam que uma mudança de governo tenha um impacto significativo na economia.

Por fim, o dólar caiu 0,24% em relação ao iene para 127,54.

O petróleo dos EUA subiu 0,64%, para US$ 110,24 o barril e o preço do petróleo bruto Brent aumentou 0,9%, para  US$ 112,68 por barril. Já as preocupações com o crescimento econômico global levaram a um ressurgimento do apoio ao ouro.

 



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