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Gás europeu sobe após sanções contra a Rússia

 

Após a implementação de novas sanções à Rússia no fim de semana, os preços do gás natural na Europa demonstraram receio de escassez de energia. Na segunda-feira, os futuros subiram 36%, após os países ocidentais concordarem em impor sanções mais rígidas. Vale ressaltar que essas medidas punitivas se tornaram mais firmes pois as primeiras  sanções não conseguiram fazer com que Vladimir Putin, presidente russo, retirasse suas tropas da Ucrânia. 

Embora não se apliquem à energia, as novas sanções podem forçar compradores, financiadores e transportadores a evitar os fluxos russos. A cidade de Moscou pode paralisar o fornecimento de suprimentos como uma forma de retaliação.

O continente europeu importa cerca de 1/3 de seu gás da Rússia, com muitos carregamentos passando por gasodutos em toda a Ucrânia. Qualquer interrupção no fornecimento de gás pode fazer com que a Europa congele no inverno e reduza a produção de eletricidade do continente. Dessa forma, as indústrias de uso intensivo de energia, desde fundições de metal a fabricantes de fertilizantes, diminuirão ou irão parar a produção.

Segundo Neil Shearing, economista-chefe da Capital Economics, as sanções reduzirão significativamente a capacidade do Banco Central da Rússia de vender ativos internacionais para proteger o rublo. Elas também irão limitar a capacidade da Rússia de atender a passivos focados no forex. No entanto, os EUA afirmaram que as medidas punitivas ainda podem ser implementadas. Além de tudo, as sanções contra a energia serão impostas.

Os compradores europeus estão tentando não depender mais do gás russo ao construir terminais de Gás Natural Liquefeito (GNL). A Alemanha suspendeu as aprovações para o gasoduto Nord Stream 2. No entanto, novos projetos levarão anos para serem concluídos. Por enquanto, o continente ainda depende fortemente de Moscou para energia, principalmente gás, e qualquer interrupção nos fluxos pode atrasar a reposição do estoque finalizado no verão, resultando em outra crise de abastecimento no próximo ano.

A decisão da Alemanha de construir dois terminais de GNL reforça a ideia de que, enquanto Putin controlar a Rússia, o Nord Stream 2 estará condenado.

 

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